OMS: mutação do vírus da gripe das aves "é uma questão de tempo"
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Lee Jong-Wook, afirmou hoje, no discurso de abertura da primeira conferência internacional sobre a gripe das aves, que a mutação do vírus para uma estirpe altamente patogénica para o ser humano "é uma questão de tempo"."Não sabemos quando vai chegar, mas sabemos que vai chegar", acrescentou Lee perante cerca de 400 especialistas e representantes de países e organizações internacionais, reunidos em Genebra.
"É agora ou nunca" que se deve agir para controlar a difusão da doença nos animais, que é "a única maneira de diminuir a probabilidade de uma evolução do vírus H5N1, que lhe permita adquirir a capacidade de se transmitir de homem para homem", explicou Samuel Jutzi, alto responsável da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).Durante os três dias da conferência, as organizações internacionais responsáveis pela luta contra a doença – FAO, OMS, OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e Banco Mundial – pretendem dotar-se dos meios financeiros e políticos para agir rapidamente. É necessário alcançar "um amplo acordo" sobre os meios para "controlar a transmissão do vírus entre as aves, mas também de aves para humanos", reforçar o sistema de detecção veterinária, garantir a indemnização dos criadores de aves e aumentar a capacidade de produção de vacinas e medicamentos antivirais, resumiu a OMS.
A OIE e a FAO estimam em 102 milhões de dólares (86 milhões de euros) o custo de um plano de emergência para os países mais desfavorecidos do Sudeste asiático (incluindo a vacinação em massa das galinhas nos países onde a doença é endémica) e em 75 milhões de dólares (63 milhões de euros) o custo da ajuda à Europa de Leste e a África.Até ao momento apenas foram mobilizados 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) para combater a doença nos animais, provenientes da Alemanha, do Japão, da Holanda e dos Estados Unidos. O Banco Mundial anunciou que está a estudar um programa de ajuda aos países em desenvolvimento atingidos pela gripe das aves, que pode ascender aos 500 milhões de dólares (423 milhões de euros).A doença, que apareceu em alguns países da Ásia, tem progredido para a Europa através da rota das aves migradoras e poderá chegar também ao Médio Oriente e a África.O vírus matou 63 pessoas na Ásia desde Dezembro de 2003 e a OMS registou 124 casos de infecção humana, lembrou Bernard Vallat, director-geral da OIE. Estes números, relativamente baixos, significam que o vírus ainda é "pouco eficaz". "Mas é evidente o perigo de uma possível mutação", que aumenta com o número de galinhas infectadas, salientou.
Uma pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves poderá custar dois a três por cento do crescimento mundial, 550 mil milhões de dólares (465 mil milhões de euros) apenas nos países ricos, segundo estimativas do Banco Mundial, baseadas em cálculos para os Estados Unidos realizados em 1999 sobre dados estatísticos das pandemias do século passado (Publico Online)
"É agora ou nunca" que se deve agir para controlar a difusão da doença nos animais, que é "a única maneira de diminuir a probabilidade de uma evolução do vírus H5N1, que lhe permita adquirir a capacidade de se transmitir de homem para homem", explicou Samuel Jutzi, alto responsável da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).Durante os três dias da conferência, as organizações internacionais responsáveis pela luta contra a doença – FAO, OMS, OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e Banco Mundial – pretendem dotar-se dos meios financeiros e políticos para agir rapidamente. É necessário alcançar "um amplo acordo" sobre os meios para "controlar a transmissão do vírus entre as aves, mas também de aves para humanos", reforçar o sistema de detecção veterinária, garantir a indemnização dos criadores de aves e aumentar a capacidade de produção de vacinas e medicamentos antivirais, resumiu a OMS.
A OIE e a FAO estimam em 102 milhões de dólares (86 milhões de euros) o custo de um plano de emergência para os países mais desfavorecidos do Sudeste asiático (incluindo a vacinação em massa das galinhas nos países onde a doença é endémica) e em 75 milhões de dólares (63 milhões de euros) o custo da ajuda à Europa de Leste e a África.Até ao momento apenas foram mobilizados 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) para combater a doença nos animais, provenientes da Alemanha, do Japão, da Holanda e dos Estados Unidos. O Banco Mundial anunciou que está a estudar um programa de ajuda aos países em desenvolvimento atingidos pela gripe das aves, que pode ascender aos 500 milhões de dólares (423 milhões de euros).A doença, que apareceu em alguns países da Ásia, tem progredido para a Europa através da rota das aves migradoras e poderá chegar também ao Médio Oriente e a África.O vírus matou 63 pessoas na Ásia desde Dezembro de 2003 e a OMS registou 124 casos de infecção humana, lembrou Bernard Vallat, director-geral da OIE. Estes números, relativamente baixos, significam que o vírus ainda é "pouco eficaz". "Mas é evidente o perigo de uma possível mutação", que aumenta com o número de galinhas infectadas, salientou.
Uma pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves poderá custar dois a três por cento do crescimento mundial, 550 mil milhões de dólares (465 mil milhões de euros) apenas nos países ricos, segundo estimativas do Banco Mundial, baseadas em cálculos para os Estados Unidos realizados em 1999 sobre dados estatísticos das pandemias do século passado (Publico Online)
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