terça-feira, dezembro 20, 2005

Roménia confirma novos focos de gripe das aves

A Roménia confirmou ontem casos de gripe das aves em cinco aldeias próximas do delta do rio Danúbio. As autoridades do país avisaram que os bandos de aves migratórias podem transportar o vírus até à vizinha Bulgária, relatam as agências.A estirpe do vírus da gripe das aves que se concluiu ser das mais perigosas para a saúde humana, a H5N1, foi detectada num total de nove povoações da Roménia, na zona este do país. Os últimos casos foram confirmados num laboratório britânico.As autoridades veterinárias romenas reforçaram ontem as medidas de contenção da infecção, uma vez que estes focos da doença foram descobertos a apenas uma centena de quilómetros da capital do país, Bucareste. "Há bandos de aves migratórias a dirigirem-se para a parte norte da Bulgária", disse o ministro da Agricultura, Gheorghe Flutur. "Já enviamos uma notificação para a embaixada da Bulgária". A Bulgária já intensificou a vigilância nas criações avícolas e está a monitorizar as aves selvagens próximas de lagos, já tendo proibido as importações de aves de países afectados como a Roménia e a Ucrânia.Os ministros da Agricultura da Alemanha, Ucrânia, Bulgária e Moldávia deverão encontrar-se em Bucareste, no início de Fevereiro, para discutir formas de combater a doença.O delta do Danúbio é a zona com maior número de lagos da Europa e faz parte da maior rota de migração de aves selvagens.O H5N1 foi descoberto em aves em partes da Ásia, onde já foi responsável pela morte de 71 pessoas desde 2003. Nesta região do globo o problema está longe de estar controlado e ontem a China deu conta de mais um caso de gripe humana com origem na estirpe da gripe das aves mais patogénica. Trata-se do sexto caso humano, diagnosticado num homem de 35 anos, originário da província de Jiangxi (este). Mais ao início do dia de ontem, o Ministério chinês da Agricultura tinha anunciado um novo foco de gripe das aves nesta mesma província, depois de duas semanas sem registos de novas situações. Ao todo, foram detectados 31 focos de gripe das aves, a maioria deles nas últimas seis semanas.São já vários os peritos mundiais que avisaram que, se o vírus sofrer uma mutação que permita a transmissão entre humanos, poderá ter lugar uma pandemia de gripe que pode matar milhões de pessoas em todo o mundo.

La UE alerta de la falta de coordinación de los países ante una pandemia de gripe aviar

Los países de la UE deben reforzar la comunicación entre ellos, con la Comisión de Sanidad y con los ciudadanos si quieren hacer frente a una posible pandemia de gripe de origen aviar en humanos. Ésta es una de las conclusiones del simulacro realizado los pasados 24 y 25 de noviembre, según expuso a los ministros de Sanidad de los Veinticinco el comisario europeo, Markos Kiprianú. En la reunión también se rechazó crear un fondo europeo de antivirales para combatir la pandemia, afirmó la ministra española de Sanidad, Elena Salgado.
Durante el simulacro se comprobaron los planes nacionales para hacer frente a una pandemia y la manera en que los peligros eran transmitidos a las autoridades. Esta pandemia sólo se produciría si el virus de la gripe aviar mutara y se convirtiera en transmisible entre humanos, insistió la ministra ayer en Bruselas. El comisario apuntó el hecho de que "la presión mediática durante un simulacro" era mucho menor que la que se daría si apareciera una pandemia en Europa, por lo que hacía falta mejorar la calidad de la información que se facilitaba, tanto a otros organismos oficiales (Comisión Europea, Organización Mundial de la Salud, ministerios de Sanidad) como a la prensa.
El resultado detallado de las conclusiones de la prueba no se dará hasta febrero de 2006, por lo que los datos aportados hasta ahora son provisionales, según fuentes de la Comisión. Tanto Kiprianú como Salgado y otros miembros se negaron a indicar qué países estaban peor preparados para hacer frente a un agravamiento de la situación.
"Hay tres situaciones: la actual, con una epidemia de gripe aviar que afecta a los pájaros y que ha llevado al sacrificio de 150 millones de aves", explicó la ministra. "Otra cosa es la gripe estacional", que afecta a miles de personas; y "una tercera", que se produzca una pandemia de gripe, y que podrá suceder bien a partir de una mutación del actual virus H5N1 que infecta a las aves o de otro, añadió Salgado.
Para mejorar la respuesta ante este último caso, si se diera, la representación española en la Comisión, encabezada por Salgado, y a la que acompañó el consejero de Salud de Asturias, Rafael Sariego, sugirió que los casos humanos de gripe de origen aviar se traten como otras enfermedades infecciosas de declaración obligatoria, según el Reglamento Internacional Sanitario, que se aprobó en mayo y que no deberá entrar en vigor hasta dentro de dos años. Con ello "los esfuerzos de coordinación serían más fáciles", señaló la ministra. Hasta ahora, las enfermedades de cuya aparición debe informarse a la Comisión Europea son la viruela, la peste, la fiebre amarilla y el cólera, dijo Salgado.
La ministra se mostró optimista en que la coordinación mejorará ahora que ya está en funcionamiento el Centro Europeo de Control y Prevención de Enfermedades (ECDC por sus siglas en inglés). Esta organización se creó en mayo y tiene su sede en Estocolmo, donde comparte instalaciones con la prestigiosa el prestigioso Instituto Karolinska. Su labor es más de coordinación de investigaciones y evaluación de riesgos, explicó su portavoz. El representante del centro europeo recordó que "el riesgo de la gripe aviar para los ciudadanos de la UE es prácticamente cero". Los ministros hablaron de nuevo sobre los antivirales, y de si existía una cantidad mínima recomendada para cada país. Estos medicamentos "no son una panacea", y hay que evitar caer en una "carrera" sobre quién tiene más que "carece de sentido", insistió Kiprianú.También Salgado recordó que aunque hace mes y medio el propio comisario dijo que lo aconsejable era disponer de medicación para tratar al 25% de la población (lo que en España querría decir más de 10 millones de dosis, de los que la industria ha entregado menos de 500.000), luego Kiprianú rectificó y dijo que no había "un mínimo recomendado". Pero el debate no quedó ahí cerrado. El jueves, el jefe de Gabinete del Kiprianú, Margaritis Schinas, insistió en que la OMS les había transmitió "oralmente" esa recomendación. Ante el revuelo creado por las declaraciones de Kiprianú, que dejaban cortas las previsiones de la mayoría de los Gobiernos, la OMS se había negado a ratificar esa declaración. El problema para establecer una reserva europea centralizada de antivirales es que algunos países se niegan a poner en común medicación antes de tener cubiertas sus necesidades. Según Salgado, los pedidos de los países no podrán ser atendidos por los fabricantes hasta 2007. Sobre la vacuna, pidió una "acción coordinada desde ya" entre las autoridades y los posibles fabricantes.

Há um novo possível vírus pandémico da gripe e não há tempo para fechar os olhos

É preocupante que poucos países estejam preparados para uma eventual pandemia de gripe, porque todos correrão o mesmo risco. O director do programa de gripe da Organização Mundial de Saúde não tem dúvidas: "O vírus vai tornar-se global em três a cinco meses." Por Catarina Gomes O director do programa de gripe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Klaus Stohr, rejeita acusações de estar a ser criado alarme social em torno de uma eventual pandemia de gripe humana com origem aviária. Entrevistado durante uma recente passagem por Lisboa, é categórico quando diz que "não há tempo para fechar os olhos". Reclama dos diversos governos acção urgente e planos de contingência efectivos. Diz ainda que a corrida dos cidadãos às farmácias é desnecessária.PÚBLICO - A Organização Mundial de Saúde foi acusada pela Organização Mundial de Saúde Animal de gerir mal a crise da gripe das aves, causando alarmismo desnecessário. Como responde a esta crítica?KLAUS STOHR - Não acredito que estejamos a ser demasiado dramáticos. A urgência que pomos nas nossas mensagens assenta em evidência científica. Em cada século há três ou quatro pandemias de gripe. Houve uma grande há cerca de 100 anos e morreram entre 40 a 50 milhões de pessoas, quando tínhamos um terço da população actual. Há um novo possível vírus pandémico da gripe em circulação na Ásia e não há tempo para complacência, não há tempo para fechar os olhos. É nossa obrigação acordar o mundo para a possibilidade de uma nova pandemia. Mas têm circulado versões diferentes de possíveis números de mortes em caso de pandemia. O coordenador das Nações Unidas para a área da gripe, David Nabarro, falou em 150 milhões de mortes, o senhor refere dois a sete milhões... David Nabarro não é da OMS, é das Nações Unidas. A OMS tem sido muito consistente: se for uma pandemia moderada, teremos dois a sete milhões de mortes, até 28 milhões de pessoas hospitalizadas e centenas de milhões que ficarão doentes. Acreditamos que estes números são suficientemente preocupantes para levar os governos a investir na preparação. Todos os cenários acima de uma pandemia moderada são possíveis.Estão a tentar alertar governos mas a vossa mensagem também chega ao cidadão comum, que nalguns países corre às farmácias para comprar antivirais ou vacinas para a gripe sazonal.Nas circunstâncias actuais - em que existe risco pandémico mas não há pandemia - há poucas razões para o indivíduo ir à farmácia comprar Tamiflu (antiviral) ou outras drogas. É desnecessário porque não sabemos que grupo etário vai ser afectado: se for um vírus como o de 1918, as pessoas mais afectadas terão entre 25 e 45 anos; podem ser os idosos... O armazenamento de antivirais por parte dos governos é a melhor forma de assegurar que a quantidade limitada de drogas vai estar disponível para os mais afectados.A Agência Europeia para a Segurança Alimentar lançou um alerta sobre o risco de comer ovos crus. Qual é a mensagem da OMS em relação à ingestão de carne de aves e seus derivados?A doença é animal e apenas foi detectada em três pequenas áreas delimitadas em países da Europa oriental, na Roménia, Croácia e Turquia. Não há uma única galinha doente em Portugal, Espanha ou em países comunitários, por isso os ovos também deverão estar em boas condições. Toda a gente pode continuar a apreciar galinha, pato, peru. É uma doença animal, morreram 150 milhões de galinhas.Morreram mais de 60 pessoas na Ásia...Centenas de milhares de pessoas foram expostas e o vírus é de difícil transmissão para humanos. É uma doença animal com potencial para se tornar numa doença humana.Quando é que isso pode acontecer?Muitas pessoas têm seguros de vida, seguros automóvel, seguros contra fogo. É como perguntar quando será o próximo fogo na sua casa. Ninguém sabe, mas tem-se seguro. Apenas cerca de 50 em 220 países têm planos de contingência para uma pandemia de gripe. Este número é insuficiente...Existem no mundo 250 países e territórios, menos de 50 têm planos de contingência publicados. Há mais de 100 países que reportam tê-los, mas os que dispõem de alguma coisa de tangível são menos de 50.A maior parte dos países com planos de contingência são desenvolvidos.Ainda não vi um plano de contingência publicado de um país em desenvolvimento, incluindo na Ásia.Isso é preocupante, uma vez que é provável que a pandemia tenha origem na Ásia.Que tenha origem na Ásia, nos Estados Unidos ou na América do Sul não tem importância - o vírus vai tornar-se global em três a cinco meses. O que é preocupante é que tão poucos países estejam preparados, porque todos correrão o mesmo risco de ser afectados por um vírus pandémico global. Mas não nos podemos esquecer que dois terços da população mundial vive na Ásia: só a China e a Índia perfazem 2,5 mil milhões de pessoas e o seu grau de preparação de risco pandémico está longe de ser ideal.Há lições a tirar da crise da pneumonia atípica vivida em 2003? O Governo chinês ocultou dados e isso fez parte do problema.A China aprendeu muito durante o período da pneumonia atípica. Hoje existe uma colaboração muito próxima e transparente com as autoridades chinesas, mas é um país muito grande, com mais de 30 províncias, muitas com uma população maior que a França ou Itália. O importante é que cada caso suspeito seja investigado muito depressa. E este processo melhorou muito, não só na China mas também no Camboja, na Indonésia e no Vietname.A capacidade de produção da futura vacina contra um eventual vírus pandémico da gripe é muito limitada. Devem os vários Estados começar a produzir vacinas? Talvez a pergunta a colocar seja: "O que é que o mundo e os governos podem fazer para encurtar o período de tempo entre a disponibilização da vacina para o vírus pandémico e a procura?" A procura seria de quase 6,4 mil milhões de doses em três meses, porque é este o período que o vírus pandémico levará para chegar a todos os continentes, não a todos os países. A estimativa actual é a de que serão precisos oito meses para produzir 900 milhões de doses de vacina pandémica, mas estes oito meses são desde o início da produção até estas doses estarem concluídas. Não haverá vacinas para todo o mundo e mesmo nos países mais desenvolvidos nem toda a gente terá acesso a ela.Como se resolve este problema?A produção de vacina obedece às forças do mercado. Uma forma de aumentar a capacidade de produção seria aumentar o uso do número de vacinas para a gripe sazonal. E uma forma muito inteligente de aumentar a disponibilização de vacinas é desenvolver as chamadas vacinas inteligentes.O que são vacinas inteligentes?São as que fazem melhor uso do número limitado de antigénios. Pode produzir-se certa quantidade de líquido de vírus e tentar diluí-lo e ter o mesmo efeito, podendo vacinar-se três pessoas e não apenas uma. É isto que a Organização Mundial de Saúde tem aconselhado aos laboratórios. Há vários que desenvolveram estas vacinas inteligentes mas nenhum terminou a fase de ensaios clínicos. É tudo um pouco remoto. A realidade é que haverá poucas vacinas para o mundo.

Estados Unidos simulam pandemia de gripe das aves

A Casa Branca procedeu ontem, na ausência do presidente norte-americano, George W. Bush, a um exercício de simulação de quatro horas para avaliar o estado de preparação da administração norte-americana para uma eventual pandemia de gripe das aves."Devo sublinhar que não existem actualmente provas de que uma pandemia de gripe esteja iminente no país", disse Frances Townsend, uma responsável do departamento da segurança interna, no final do exercício. "Estamos bastante prevenidos mas chegou a altura de nos prepararmos para uma eventual pandemia", acrescentou.O exercício de simulação, realizado sob a alçada do departamento da segurança interna, decorreu à porta fechada. Frances Townsend explicou que o objectivo era preparar melhor as autoridades federais para enfrentar uma pandemia de gripe aviária e escusou-se a fornecer pormenores sobre o exercício em si mesmo.O secretário da Saúde norte-americano, Mike Leavitt, garantiu, por seu lado, que se tratou precisamente da preparação para uma eventual pandemia, para que não surja o pânico.

Tudo o que podemos fazer é reduzir o número dos que morrem e adoecem

A escassez de vacinas obriga a que seja preciso decidir quem vai ter prioridade na vacinação. Qual deverá ser a estratégia?A primeira decisão a tomar é se se quer vacinas. Em Portugal encomendaram-se antivirais para 25 por cento da população, mas não foi tomada ainda uma decisão sobre a aquisição antecipada de vacinas. Como muitos outros países, pode começar-se a pensar em ter acesso à vacina contactando quem vai produzi-las.A segunda opção é desenvolver a sua própria produção de vacinas. Podem os governos pagá-la? É possível manter um laboratório que só existe à espera que surja uma nova pandemia? Estas opções têm de ser exploradas pelos governos. Só depois de ter uma vacina é que se pode decidir a quem administrá-la.Mas nos antivirais os governos estão a escolher os grupos prioritários.São 47 os países que encomendaram antivirais, em diferentes quantidades. Cerca de dez por cento destes países vão ter antivirais suficientes para cobrir 20 por cento da sua população, mas muitos não os receberão antes de 2006 e 2007. A realidade agora é que, mesmo juntando globalmente todos os stocks nacionais, conseguiremos cobrir que percentagem da população? Adivinhe...Cinco por cento?Dois por cento, menos de dois por cento.Não são boas notícias...Mas é a realidade. Temos de avaliar o nosso grau de preparação de acordo com as provas que temos.Face à escassez de antivirais e vacinas, o que significa então estar preparado para uma pandemia de gripe?Mais governos devem investir em planos de contingência. Os países devem certificar-se de que os hospitais estão operacionais, assegurarem que há antibióticos disponíveis, identificarem escolas que podem ser transformadas em hospitais, decidirem o recrutamento de enfermeiros reformados e de pessoal paramédico.Mesmo que estas medidas de preparação estejam a ser acauteladas, se a pandemia começasse nos próximos seis meses qual seria o cenário previsível?Mesmo com o melhor grau de preparação haverá sempre pessoas que vão adoecer e que vão morrer. Tudo aquilo que podemos fazer é reduzir o número de pessoas que morrem e adoecem. Preparação para uma pandemia é a minimização de danos e não prevenção. E Portugal está preparado?Nenhum país no mundo está preparado, mas se olharmos para os países que têm planos de contingência e medidas em curso, países que como Portugal encomendaram antivirais para 25 por cento da população estão no grupo dos mais bem preparados. Assim como países com planos de contingência e que - muito importante - já trataram de transformá-los em acções nacionais concretas

Gripe das aves: Ucrânia confirma presença do vírus H5N1

O ministro ucraniano da Política Agrícola, Olexandre Baranivski, avançou hoje que foi confirmada a presença do vírus H5N1, transmissível ao homem, nas amostras recolhidas na Crimeia, no sul do país. A suspeita da presença do vírus na Ucrânia tinha sido anunciada na véspera pelo ministério que citava ainda resultados preliminares das análises realizadas na Rússia. A gripe das aves foi descoberta até aqui em nove localidades da península ucraniana da Crimeia, banhada pelo Mar Negro.Em oito das localidades da península, entre elas a cidade de Simféropol (centro), foi registada a morte de um grande número de aves domésticas mas o diagnóstico de gripe das aves não foi ainda confirmado oficialmente, segundo um comunicado do Ministério da Política Agrícola. Até agora, os focos de gripe das aves estavam concentrados no nordeste da Crimeia.Os resultados definitivos das análises realizadas na Ucrânia e as enviadas para o Reino Unido e Itália às amostras recolhidas na Crimeia são esperados nos próximos dias.O Presidente Victor Iuchtchenko declarou o estado de emergência nos distritos da Crimeia atingidos pela doença. As localidades onde a presença da gripe das aves foi confirmada foram colocadas sobre quarentena, tendo as autoridades já abatido mais de 35 mil aves.

Tailândia: gripe das aves faz a 14ª vítima mortal

A Tailândia contabilizou hoje o seu 14º caso mortal de gripe das aves em seres humanos. Um rapaz de cinco anos de idade morreu vítima da doença num hospital do distrito de Ongkharak, na província central de Nakhon Nayok. A criança morreu na quarta-feira e os resultados dos testes, revelados hoje, confirmaram que o menino estava infectado com o vírus H5N1, a estirpe mais perigosa da gripe das aves

quinta-feira, novembro 17, 2005

Luta contra a gripe das aves vai exigir 850 milhões de euros

O Banco Mundial estima que serão necessários entre 640 e 850 milhões de euros, nos próximos três anos, para lutar contra a gripe das aves nos países já afectados e nos que correm risco de contaminação. A responsável pelo departamento de Saúde e Alimentação do Banco Mundial, Fadi Saadah, disse que o montante foi calculado em função da actual epidemia da gripe das aves no sudeste asiático, mas não tem em conta o eventual cenário de uma pandemia de gripe humana."Nesse caso, essa quantia teria de multiplicar-se várias vezes", disse Saadah perante especialistas de todo o mundo reunidos na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, para debater estratégias de combate à doença entre as aves.Durante a conferência, que hoje termina, foram lançados repetidos alertas sobre o elevado risco de ocorrer uma pandemia humana, em consequência de uma possível mutação genética do vírus da gripe das aves que lhe permita transmitir-se facilmente entre pessoas.A representante do Banco Mundial disse ainda que 90 por cento dos recursos disponíveis para lutar contra a doença deverão destinar-se directamente aos países afectados e de maior risco, para que se apliquem programas de prevenção e controlo a nível nacional.Por seu lado, a subdirectora-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Louise Fresco, disse que os países com maior risco são o Bangladesh e a Índia, tal como as regiões do Cáucaso, Médio Oriente e o continente africano.Fresco, que falava também em nome da Organização Internacional das Epizootias (OIE), afirmou que os dois organismos precisam de 45 milhões de dólares (38 milhões de euros) para implementar medidas no âmbito animal nos países afectados e de alto risco durante o próximo semestre.Desse montante, 15 milhões de dólares (13 milhões de euros) iriam para planos de prevenção e para o reforço dos laboratórios nacionais. O restante serviria para melhorar a qualidade dos serviços veterinários, elaborar campanhas de vacinação de aves e indemnizar os criadores que tenham de sacrificar animais suspeitos de terem contraído o vírus, entre outros.Esta especialista revelou que vários países afectados pediram assistência à FAO e à OIE por se sentirem "ultrapassados" pela situação.A directora-geral adjunta da OMS, Margaret Chan, estimou em 20 milhões de dólares (17 milhões de euros) as necessidades financeiras do seu organismo para assistir de imediato aos países.Explicou que a OMS tem cinco estratégias prioritárias baseadas na redução da exposição dos seres humanos ao vírus, através de um contacto controlado com as aves, o reforço dos sistemas de alerta nacionais e globais, e medidas de contenção da doença (isolamento das aves suspeitas).Alem disso, a OMS planeia ajudar os países a elaborar os seus planos de preparação e promover a aceleração das investigações sobre uma futura vacina

Cientistas identificam mais duas estirpes do vírus da gripe das aves

Cientistas do Vietname identificaram duas novas estirpes do vírus da gripe das aves em galinhas. Se estas novas variações começarem a propagar-se, os riscos para a saúde pública e para os seres humanos vão ser mais preocupantes. O director do Centro Regional de Saúde Animal de Ho Chi Minh, Dong Manh Ha, explicou hoje que um estudo do centro encontrou as novas estirpes dos subtipos H3 e H4 em aves de criação. Estes dois subtipos podem ser mortais para as aves, mas são menos virulentos e espalham-se mais lentamente do que o H5, associado ao temor de uma pandemia humana.No entanto, apesar de parecerem menos perigosos, "a presença de mais subtipos do vírus da gripe nas aves torna o vírus muito mais perigoso", explicou Dong Manh Ha.A imprensa estatal do Vietname indica hoje que estas estirpes são a H3N4 e a H4N5. O Vietname está a braços com mais de doze focos de gripe das aves em 14 províncias. O país está a recorrer ao abate sistemático nas suas duas maiores cidades. O aumento da vigilância, despertado pela eclosão da crise sanitária, torna mais provável a detecção de novos vírus ou estirpes.As amostras das novas estirpes já foram enviadas à Organização Internacional de Saúde Animal para mais investigação.

Tailândia: diagnosticado vírus H5N1 em bebé de 18 meses

Um bebé de 18 meses tornou-se a 21ª pessoa infectada com o vírus H5N1 da gripe das aves na Tailândia, mas está a recuperar num hospital, afirmou hoje um alto responsável da saúde tailandês. Os resultados das análises confirmaram hoje que a criança, do sexo masculino, está infectada com a estirpe H5N1 da gripe das aves, segundo disse o director-geral do Departamento de Controlo de Doenças Contagiosas tailandês, Thawat Suntarajarn.De acordo com o mesmo responsável, que se escusou a revelar a identidade da vítima, o bebé encontra-se agora num hospital de Banguecoque, capital da Tailândia, e os sintomas que apresenta não são considerados graves.A criança reside numa casa em Minburi, um subúrbio de Banguecoque, onde estavam três galos e uma galinha utilizados em lutas. As quatro aves morreram pouco depois de o bebé ter sido hospitalizado com sintomas de gripe, acrescentou o responsável.Na Tailândia, 21 pessoas já contraíram a doença desde que esta surgiu no continente asiático, em 2003, e 13 delas morreram. Este ano, foi confirmado o registo de quatro casos, um dos quais fatal.

A gripe aviária contaminou 3 pessoas

O governo chinês confirmou nesta quarta-feira os três primeiros casos de gripe aviária em humanos na China - entre eles, uma morte. De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, dois casos foram registrados na província de Hunan e o outro, na província de Anhui. Em Hunan, na região central do país, uma menina de 12 anos morreu após pegar a doença. Seu irmão também foi contaminado, mas se recuperou. O governo chinês não deu mais detalhes do terceiro caso.Várias aves já morreram nas duas províncias em decorrência da doença, informou a Xinhua. Por conta disso, milhões de outras aves tiveram de ser abatidas, para se evitar o aparecimento de novos focos. Desde 2003, a gripe aviária já matou mais de 60 pessoas na Ásia, a maioria no Vietnã e na Tailândia. De acordo com a agência de notícias Associated Press, especialistas estão examinando um funcionário de uma granja que ficou doente na província de Liaoning, nordeste chinês. A região já sofreu quatro surtos de gripe aviária (Veja)

Gripe das aves provoca primeira vítima mortal humana na China

A gripe das aves provocou a primeira vítima mortal humana na China, segundo anunciou hoje um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS). "As autoridades chinesas informaram-nos da morte de uma mulher de 24 anos na província de Anhui", no Este do país, afirmou à AFP Dick Thompson, porta-voz do departamento de doenças infecciosas da OMS em Genebra, Suíça."As autoridades assinalaram três casos humanos de gripe das aves, mas nós confirmamos apenas dois, o da pessoa que morreu e o caso de uma criança de nove anos em Hunan", no centro-Sul da China, disse o mesmo responsável da OMS.Anteriormente, o ministro chinês da Saúde tinha dado conta, hoje, do registo dos três primeiros casos no país de gripe das aves em humanos - os dois casos agora confirmados pela OMS e um outro de uma criança de 12 anos de idade, também na província de Hunan, familiar do rapaz de nove anos (Publico)

terça-feira, novembro 15, 2005

Bird Flu - European Commission earmarks €30 million for Asia

Concerns about avian influenza and the threat of a pandemic have to be tackled not only within the EU, but by helping countries at risk to control this disease at its source. The European Commission has earmarked up to €30 million to assist Asian partners face up to this challenge in 2006. The allocation of the money will be decided as soon as there has been an international evaluation of medium and long term needs. The forthcoming international Partners meeting on Avian and Human Pandemic Influenza in Geneva (7-9 November) will provide an important opportunity to assess and identify what international financial assistance is required to support country and regional plans, particularly in Asia. The Commissioner for External Relations and European Neighbourhood Policy, Benita Ferrero-Waldner said: “There are concrete actions we can take to increase preparedness and avert the threat of a pandemic. These must be treated as a priority in the coming months. The Commission stands ready to provide assistance, particularly to least developed countries in Asia to support their medium term strategies for tackling this growing problem.”The recurrence of bird flu in Asia over the last three years and its rapid expansion to other regions in the world makes it necessary to develop a long term external response strategy.The Commission’s external response aims at providing assistance, particularly to least developed countries, in support of their medium and long term plans, addressing structural problems such as reinforcing veterinary and public health services to cope with detection, prevention and containment of avian influenza and also other zoönosis. The Commission’s external response is to be seen in the context of the global strategy prepared by the FAO (Food and Agriculture Organisation) and the OiE (Office international des epizooties) to control and eradicate the avian influenza in the animal population as well as of the strategy developed by the WHO (World Health Organisation) to protect humans from a transmission of the virus and reduce the risk of a pandemic situation.

Commission informed that final results on samples from Greek region of Chios are negative for presence of avian influenza

The European Commission has today been informed by the European Community Reference Laboratory in Weybridge that the final results of tests carried out on samples taken from poultry in the region of Chios are negative for the presence of avian influenza. The samples had been taken and sent for tests to the CRL following a suspected case of avian influenza on a farm in the island of Inousses in the Chios region. Following a first round of virological tests which proved negative, a second round of virological tests were carried out on new samples from the suspected farm, and all the test results are negative for the presence of avian influenza. In coordination with the European Commission, the Greek authorities will now lift the ban on movements of poultry from the region of Chios which had been imposed by the Greek authorities pending the final results of the tests.

Avian influenza: EU bans imports of captive live birds from third countries

Member States today endorsed a draft Commission decision to ban imports from third countries of captive live birds other than poultry for commercial purposes, at a meeting of the Standing Committee on the Food Chain and Animal Health (SCFCAH). These measures, which follow the detection of highly pathogenic avian influenza in a bird held in quarantine in the UK last week, aim to strengthen further the EU’s defences against avian influenza. The ban covers captive live birds other than poultry imported for commercial purposes. A separate decision regulates the movement of birds accompanying their owners which will be subject to certain conditions.
The ban on commercial imports of captive live birds and the regulation of movements from third countries of birds accompanying their owners (pet birds) will be effective immediately following adoption by the Commission expected in the next few days. Certain derogations from the ban are provided within today’s decisions. Birds will be allowed to be moved between approved zoos and similar institutions. Hatching eggs of non-poultry birds can be imported for use in authorised hatcheries if their shells are decontaminated upon arrival, or if they are being sent to zoos. Concerning the movement of birds accompanying their owners, Member States can allow no more than five birds accompanying their owners to enter from third countries on condition that they have undergone a 30-day quarantine in approved third countries, otherwise they must be subject to 30 days quarantine in the Member State of destination. As an alternative to quarantine, such birds may be admitted if they have been vaccinated against avian influenza, or have tested negative for avian influenza during a ten day isolation period before movement. The movement of birds accompanying their owners is not restricted for Norway, Switzerland, Liechtenstein Andorra, Iceland, Greenland, Faeroe Islands and San Marino. The decisions taken today will apply until 30 November, 2005, before which time SCFCAH will review the situation.

European scientists develop human vaccine against H7N1 avian flu virus

Supported by the EU Research Framework Programme, influenza experts from the UK, Italy and Norway, working with vaccine researchers from Sanofi Pasteur in France, have developed another human candidate vaccine for pandemic human flu, targeting the H7N1 avian flu virus. Following this research breakthrough, it is planned that this new vaccine, for the first time targeted against H7N1 virus, will go into clinical trials in Spring 2006 (it will be called ‘RD-3’). Most vaccine development has centred on H5N1 thus far, which is the highly pathogenic form of the avian influenza (“bird flu”) dominating the news at present. However, a report from the FLUPAN research project in last week’s Journal of Infectious Disease (JID) notes that also the H7 virus can spread from poultry to humans. These important research activities on vaccines are part of the overall set of measures undertaken by the Commission in order to tackle avian influenza and the potential emergence of pandemic influenza in humans.
The vaccine research project is called FLUPAN is funded by the European Union to demonstrate European capacity to produce a safe and effective vaccine against highly pathogenic avian influenza viruses. The FLUPAN consortium consists of six partners: Health Protection Agency, UK; Istituto Superiore di Sanita, Italy; National Institute for Biological Standards and Control, UK; Sanofi Pasteur, France, the vaccines business of the Sanofi-Aventis Group; University of Bergen, Norway; University of Reading, UK.
The project began in September 2001 by selecting a highly pathogenic H7N1 virus as a potential pandemic virus. This virus caused lethal outbreaks in Italian poultry in 1999 and was related to the H7N7 poultry virus in the Netherlands.
As the H7N1 virus was too dangerous for direct use in standard influenza vaccine production, it was modified to make it safe using a process called ‘reverse genetics’. The ‘custom-built’ RD-3 vaccine, passed international safety tests and is now being used by Sanofi Pasteur to produce a vaccine. It is the first vaccine not to use eggs in its production by using the reverse genetics technique.The risk of H7 emerging as a pandemic influenza strain is considered to be lower than for H5N1. Nonetheless, the technological progress achieved through the H7 FLUPAN research ensures that the project will be a valuable resource for pandemic vaccine development in the future. The research appears in the October 15 issue (p. 1318) of The Journal of Infectious Diseases, which can be found at
http://www.journals.uchicago.edu/JID/journal/.
An expert meeting last week in Brussels investigated further research needs in prevention and therapies against avian and possible human pandemic influenza. The experts concluded that a rapid mobilization of extraordinary research efforts is required to address the needs for prevention through improved vaccines. These research efforts and clinical studies are part of the wide range of actions and measures undertaken or proposed by the European Commission in order to address the current avian influenza situation and the potential emergence of pandemic influenza in humans.The fight against the disease needs to be tackled at the source, i.e. in animals, while at the same time, a major effort is needed to ensure the protection of humans through the availability of highly performing pandemic influenza vaccines. For more information on the EU-funded research project FLUPAN:
http://www.nibsc.ac.uk/spotlight/flupan.html

European health experts take stock of influenza pandemic preparedness

At a conference jointly organised by the European Commission and the Regional Office for Europe of the World Health Organisation (WHO) in Copenhagen (Denmark) on 24-26 October, European health experts addressed the state of play of preparations for a possible flu pandemic. All 25 EU Member States now have national preparedness plans, as do 21 other countries in the WHO’s European region. However, additional efforts are needed as far as funding, testing and implementation of these plans are concerned. On avian influenza (AI), discussions focused on improving surveillance and information sharing, on compensation of farmers, on protection of poultry sector workers and on detection of AI in humans. On influenza pandemic preparedness, the experts called for the strengthening of aspects other than pharmaceutical interventions in national plans, such as civil protection, transport, communications and health systems response, setting up emergency centres, investing in labs, and encouraging vaccination between pandemics. On the role of international organisations, recommendations focused on setting internationally accepted standards and guidelines and sharing information.
European Health and Consumer Protection Commissioner Markos Kyprianou said: “We now have a much clearer picture of the preparedness of EU Member States for dealing with a possible human influenza pandemic. I welcome the fact that all twenty five Member States now have national preparedness plans in place. We have made progress in recent months, which is not to say that we can rest on our laurels, as there is more progress to be made. The Commission will continue to support and coordinate the work of Member States in this area so that we all achieve as high a level of preparedness as possible.”Participants called for boosting co-operation between countries on the international and European level, including on issues such as disease surveillance, better harmonisation of control measures between neighbouring countries, and risk communication. They also called for strengthening the capacity of public health systems for the early and rapid detection of and response to possible flu pandemic, improving co-operation between health and veterinary systems, and encouraging dialogue with farmers. Developed, and in particular European, countries should also help most exposed countries, such as developing countries, to address the lack of human and technical resources in the veterinary and medical field to tackle outbreaks.
While stockpiling antiviral drugs and ensuring timely production of pandemic vaccines are important, the participants also called for national preparedness plans to address other elements, such as strengthening surveillance, laboratory capacity, training of personnel, and communication systems. New antiviral drugs can help slow down an outbreak and buy time for vaccine development, but they must be used responsibly, to avoid the creation of drug-resistant strains. For further information, please visit:
http://europa.eu.int/comm/dgs/health_consumer/dyna/influenza/index.cfm

Alerta en Rumania

Las autoridades rumanas han confirmado la presencia del virus altamente patógeno H5N1 en dos aves silvestres encontradas muertas hace 15 días y cuyas pruebas biológicas fueron enviadas para análisis al laboratorio Weybridge de Gran Bretaña.El ministro rumano de Agricultura, Gheorghe Flutur, ha declarado que ha recibido por teléfono la confirmación del virus de la gripe aviar en su más mortífera cepa transmisible a los humanos en un ganso salvaje muerto cerca de la localidad Vadul Oii, cerca de Constanza, y un cisne muerto en la zona del lago Sinoe, próximo a Tulcea.En estos casos las autoridades no declaran cuarentena dado que las aves migratorias se encontraban en lugares aislados sin impacto sobre las aves de corral de la zona.

Londres sospecha que pinzones importados de Taiwán introdujeron la gripe aviar en el país

ELPAIS.es
El Gobierno británico sospecha que 53 pinzones procedentes de Taiwán que murieron en un centro de cuarentena pudieron introducir la gripe aviar en el país, según ha reconocido hoy el ministerio de Medio Ambiente.Las mismas fuentes dudan ahora de que el loro muerto en el mismo centro el pasado mes muriera de la enfermedad y creen que en todo caso fue contagiado por los canarios.El informe del Grupo Nacional de Emergencia Epidemiológica no confirma tajantemente que la enfermedad fuera introducida en el centro por los pinzones pero considera esta hipótesis como la más probable. Según informa la BBC, la vaguedad de estas informaciones se debe a que las pruebas efectuadas a las aves muertas están mezcladas. El pasado 23 de octubre el Gobierno británico afirmó que había detectado la variante del virus H5N1 en el loro fallecido, importado desde Surinam, lo que suponía el primer caso comprobado de gripe aviar en la Unión Europea hasta la fecha. Las autoridades sanitarias comunicaron entonces que estaban realizando también pruebas a otros pájaros importados de Taiwán que habían fallecido y que habían estado en contacto con el loro. El ministerio de Medio Ambiente de Reino Unido ha precisado que el hecho de que la muerte de los pinzones se produjera en un centro de cuarentena hace que Reino Unido conserve el estatus de país no infectado por el virus H5n1.

Dois novos focos da gripe das aves detectados na China

As autoridades chinesas detectaram dois novos focos da gripe das aves do tipo H5N1 na região de Xinjiang (noroeste do país), elevando para 11 o número de focos registados em território chinês desde há um mês, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). "Um dos focos está situado na zona de Zepu e o outro na zona de Urumqi", afirmou Roy Wadia, um porta-voz da OMS em Pequim, citando as informações fornecidas pelo Governo chinês. Um total de 6547 aves foram infectadas e 320 mil foram abatidas, na sequência dos dois novos focos da gripe das aves, disse também Roy Wadia.Os dois novos focos da doença foram descobertos no passado dia 9, sendo que a confirmação surgiu agora, acrescentou ainda o mesmo responsável da OMS.

Cinquenta e três canários morreram em Inglaterra

Cinquenta e três canários morreram em Inglaterra devido ao vírus da gripe das aves H5N1. As aves estavam em quarentena num centro veterinário desde o mês passado. Segundo revelou hoje o Ministério da Agricultura britânico, naquele centro veterinário em Essex já tinha sido anteriormente detectado o vírus num papagaio proveniente do Suriname (América do Sul), que acabaria por morrer. O ministério afirmou, contudo, que não é possível determinar se foi aquela ave que esteve na origem da infecção. As 53 aves agora mortas eram provenientes de Taiwan (Ásia).

Terrorismo e gripe das aves ameaçam turismo

As ameaças terroristas, os desastres naturais e crises de saúde pública como a da gripe das aves alteraram o panorama da indústria turística, defenderam especialistas da Feira Mundial de Turismo de Londres, num relatório citado pela Lusa. "O sector já não pode esperar um ano "normal" para as viagens e para o turismo. Todos os anos surgem novas incertezas e desafios", adverte o relatório divulgado pela organização da Feira Mundial de Turismo (World Travel Market, WTM), que ontem teve início na capital britânica. "O terrorismo, a guerra, os desastres naturais e as pandemias são algumas das ameaças que o sector enfrenta a curto, médio e largo prazo", afirma o documento. O relatório, que se baseia em dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), da Comissão Europeia de Turismo (ETC) e da Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA), acrescenta que "o próximo grande problema poderá ser a gripe das aves", que contaminou já 118 pessoas no Vietname, na Indonésia, na Tailândia e no Camboja."A indústria do turismo, tal como outros sectores da economia, estão a preparar-se tranquilamente para os cenários mais negros", refere o mesmo documento, recusando, no entanto, qualquer alarmismo em relação a uma eventual pandemia de gripe das aves. A Feira Mundial de Turismo, que termina quinta-feira, recebe cinco mil expositores de mais de 200 países, e conta com a participação de 45 mil profissionais do sector.

OMS confirma que pandemia de gripe das aves é possível

A Organização Mundial de Saúde (OMS), recentemente acusada de estar a actuar de forma alarmista em relação à gripe das aves, reafirmou ontem que o alastramento da doença, ao ponto de se ficar em presença de uma pandemia, é muito provável. O porta-voz da OMS, Roy Wadia, refutou, em declarações à agência EFE, as críticas que, um dia antes, haviam sido endereçadas pela Oraganização Mundial de Saúde Animal (OIE), por intermédio do seu director-geral, Bernard Vallat. Este responsável havia declarado que os apelos feitos pela sua organização para que fossem melhorados os serviços veterinários dos países asiáticos atingidos pela doença não haviam sido atendidos pela OMS. Roy Wadia lembrou que a função fundamental da OMS em relação à gripe das aves consiste em aconselhar os ministérios da Saúde. "Temos incentivado os governos asiáticos a melhorar a saúde pública e humana em especial. Os focos epidémicos em animais são da responsabilidade dos ministérios da Agricultura. Os governos têm de reconhecer que o sector chave para controlar a epidemia é o agrícola", disse.Entretanto, na Indonésia, responsáveis da Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), constituída por 21 países, afirmaram a vontade de trabalhar em conjunto para desenvolverem uma vacina que possa travar uma previsível pandemia. Segundo revelou Kim Jong-hoon, da Coreia do Sul, os diversos países estão a recolher informações úteis que lhes possam permitir adoptar um plano conjunto de trabalho, a partir do qual se deverá começar a desenvolver medicamentos capazes de travar o desenvolvimento do vírus. Na China, existem cada vez mais suspeitas de que a gripe das aves terá sido responsável por uma primeira vítima. Esta semana, responsáveis da OMS vão à província de Hunan, no Centro do país, para se certificarem se a morte de um rapaz de 16 anos foi efectivamente causada pela doença ou, como inicialmente foi adiantado, resultou de uma pneumonia. O director do Centro Chinês de Prevenção e Controlo de Doenças, Wang Yu, declarou que os resultados das peritagens que estão a ser realizadas naquela região do país deverão ser conhecidas em breve.