EUA consideram inevitável pandemia mortal de gripe
Autoridades de saúde e responsáveis por organizações internacionais analisaram hoje medidas para atenuar os efeitos de um surto infeccioso de gripe em escala mundial, algo que os EUA consideram inevitável.
A reunião da Aliança Internacional contra a Gripe Aviária e Pandêmica, da qual participam, na sede do Departamento de Estado, representantes de mais de 80 países, reflete a preocupação dos EUA com a possibilidade de um surto infeccioso em larga escala.
Espera-se que o presidente George W. Bush se reúna hoje com representantes do setor farmacêutico que produzem vacinas para exigir um aumento na produção.
De todas as doenças que poderiam causar no futuro imediato uma pandemia similar à que aconteceu em 1918 com a gripe espanhola, que pode ter causado a morte de 50 milhões de pessoas no mundo todo, a mais temida pelos cientistas é a gripe aviária.
Embora seja difícil avaliar o impacto econômico de uma pandemia de gripe aviária, as autoridades calculam que poderia chegar a dezenas de bilhões de dólares. Pascal Imperato, uma das autoridades mundiais nos vírus da gripe e antigo responsável médico pela cidade de Nova York, disse hoje à emissora CNN que o que mais preocupa a comunidade científica e as autoridades é a virulência da gripe aviária.
"O que elevou a preocupação é o fato de que se estendeu muito rapidamente através das povoações de aves da Ásia. Mas isso, em si mesmo, não significa que possa adquirir a capacidade de ser transmitida de pessoa para pessoa", observou Imperato.
Segundo ele, embora o vírus só se transmita "de aves a humanos" e não exista prova definitiva de que no passado os vírus da gripe aviária tenham passado de pessoa para pessoa, ninguém sabe com toda certeza o que pode ocorrer no futuro.
A revista Nature acaba de publicar a última parte da seqüência genética do vírus que causou a pandemia de 1918. Os pesquisadores conseguiram reconstruir o vírus da gripe espanhola e o mantêm sob condições controladas no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de Atlanta.
De acordo com os cientistas, diferentemente das pandemias de 1957 e 1968 - causadas por vírus da gripe humanos alterados com genes da gripe aviária -, o vírus de 1918 parece ser totalmente de origem aviária e ter sofrido pequenas mutações que lhe permitiram transmitir-se de pessoa para pessoa.
Na abertura da reunião no Departamento de Estado, o secretário de Agricultura dos EUA, Mike Johanns, assinalou na quinta-feira que no ano passado houve "um aumento da incidência da gripe aviária no mundo".
Em particular, Johanns advertiu que a variante conhecida como a Gripe Aviária Altamente Patogénica (HPAI) "é endêmica em muitas nações e tem o potencial para sofrer mutação, transmitir-se de forma eficiente de pessoa para pessoa e iniciar uma gripe pandêmica em nível global".
O próprio Bush disse na terça-feira que estava "preocupado com o que um surto infeccioso de gripe aviária poderia significar para os Estados Unidos e o mundo". Após as palavras de Bush, o Departamento de Defesa anunciou que está se preparando para o pior, com a acumulação de milhões de dose de vacinas e de remédios antivirais.
William Winkenwerder, secretário de Defesa adjunto para assuntos médicos, assinalou que a informação disponível, combinada com o que se sabe sobre os vírus da gripe e da gripe aviária, suscita preocupação com "a possibilidade de um surto maciço desse vírus entre os humanos".
Winkenwerder acrescentou que os EUA desenvolveram uma vacina contra a cepa H5N1 do vírus da gripe aviária e que o Pentágono conta atualmente com 200 mil doses, mas no final do 2006 se contará com "dezenas de milhões de dose dessa vacina". t
A reunião da Aliança Internacional contra a Gripe Aviária e Pandêmica, da qual participam, na sede do Departamento de Estado, representantes de mais de 80 países, reflete a preocupação dos EUA com a possibilidade de um surto infeccioso em larga escala.
Espera-se que o presidente George W. Bush se reúna hoje com representantes do setor farmacêutico que produzem vacinas para exigir um aumento na produção.
De todas as doenças que poderiam causar no futuro imediato uma pandemia similar à que aconteceu em 1918 com a gripe espanhola, que pode ter causado a morte de 50 milhões de pessoas no mundo todo, a mais temida pelos cientistas é a gripe aviária.
Embora seja difícil avaliar o impacto econômico de uma pandemia de gripe aviária, as autoridades calculam que poderia chegar a dezenas de bilhões de dólares. Pascal Imperato, uma das autoridades mundiais nos vírus da gripe e antigo responsável médico pela cidade de Nova York, disse hoje à emissora CNN que o que mais preocupa a comunidade científica e as autoridades é a virulência da gripe aviária.
"O que elevou a preocupação é o fato de que se estendeu muito rapidamente através das povoações de aves da Ásia. Mas isso, em si mesmo, não significa que possa adquirir a capacidade de ser transmitida de pessoa para pessoa", observou Imperato.
Segundo ele, embora o vírus só se transmita "de aves a humanos" e não exista prova definitiva de que no passado os vírus da gripe aviária tenham passado de pessoa para pessoa, ninguém sabe com toda certeza o que pode ocorrer no futuro.
A revista Nature acaba de publicar a última parte da seqüência genética do vírus que causou a pandemia de 1918. Os pesquisadores conseguiram reconstruir o vírus da gripe espanhola e o mantêm sob condições controladas no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) de Atlanta.
De acordo com os cientistas, diferentemente das pandemias de 1957 e 1968 - causadas por vírus da gripe humanos alterados com genes da gripe aviária -, o vírus de 1918 parece ser totalmente de origem aviária e ter sofrido pequenas mutações que lhe permitiram transmitir-se de pessoa para pessoa.
Na abertura da reunião no Departamento de Estado, o secretário de Agricultura dos EUA, Mike Johanns, assinalou na quinta-feira que no ano passado houve "um aumento da incidência da gripe aviária no mundo".
Em particular, Johanns advertiu que a variante conhecida como a Gripe Aviária Altamente Patogénica (HPAI) "é endêmica em muitas nações e tem o potencial para sofrer mutação, transmitir-se de forma eficiente de pessoa para pessoa e iniciar uma gripe pandêmica em nível global".
O próprio Bush disse na terça-feira que estava "preocupado com o que um surto infeccioso de gripe aviária poderia significar para os Estados Unidos e o mundo". Após as palavras de Bush, o Departamento de Defesa anunciou que está se preparando para o pior, com a acumulação de milhões de dose de vacinas e de remédios antivirais.
William Winkenwerder, secretário de Defesa adjunto para assuntos médicos, assinalou que a informação disponível, combinada com o que se sabe sobre os vírus da gripe e da gripe aviária, suscita preocupação com "a possibilidade de um surto maciço desse vírus entre os humanos".
Winkenwerder acrescentou que os EUA desenvolveram uma vacina contra a cepa H5N1 do vírus da gripe aviária e que o Pentágono conta atualmente com 200 mil doses, mas no final do 2006 se contará com "dezenas de milhões de dose dessa vacina". t
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