Bruxelas propõe amanhã embargo à importação de aves selvagens vivas
Face à multiplicação dos casos suspeitos de gripe das aves e dos falsos alertas, a Comissão Europeia anunciou que vai propor amanhã aos 25 Estados membros da União Europeia (UE) o embargo às importações de aves selvagens vivas, revelou o comissário para a Saúde, Markos Kyprianou, no Luxemburgo.
Em Copenhaga, antes da abertura de uma reunião de três dias dos responsáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comissão Europeia, o director do departamento europeu da OMS, Gudjon Magnusson, mostrou-se muito optimista.“Ao preparar-se de forma adequada e passar à acção, a Europa poderá evitar a situação que vemos na Ásia”, a região mais ameaçada, disse Magnusson em conferência de imprensa.“É importante não descuidar os esforços na Europa neste momento, mas o coração da guerra contra a gripe das aves é a Ásia. A Europa tem excelentes hipóteses de conter o vírus”.As 60 vítimas mortais da gripe das aves no mundo foram todas registadas na Ásia. A ONU está especialmente preocupada com a Indonésia, um dos países mais populosos do mundo. A FAO (Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura) anunciou que vai enviar para aquele país uma “equipa de intervenção composta por peritos”, entre eles Peter Roeder.Em Otava, os ministros da Saúde e especialistas de 30 países estiveram reunidos para analisar os meios de enfrentar uma eventual pandemia.ONU lembra que aves selvagens não são a causa real do problemaDesignar as aves selvagens como os principais vectores de expansão da gripe das aves é contraprodutivo quando as raízes do mal devem ser procuradas nos métodos de produção intensiva de aves domésticas, insurgiu-se hoje o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).Os representantes de nove organizações internacionais – entre eles quatro agências da ONU – reunidos hoje em Bona, Alemanha, num grupo de trabalho criado pelo PNUA, denunciaram a “histeria” mediática que envolve a transmissão do vírus H5N1 da gripe das aves. Este grupo de trabalho defende controlos mais apertados ao comércio e transporte de aves selvagens e domésticas.“Arriscamo-nos a perder um tempo precioso ao apontar o dedo às aves selvagens, quando as causas reais do mal devem ser procuradas nas práticas de produção de aves domésticas (...) com condições favoráveis à transmissão e mutação do vírus”, disse um dos participantes, William Karesh, director dos programas veterinários da Sociedade de Conservação da Natureza (WCS).Colin Galbraith, presidente da Convenção da ONU sobre espécies migradoras, adoptada em Bona em 1979, lembrou as incertezas sobre as condições de transmissão do vírus entre aves selvagens e domésticas e considerou urgente estudar como evolui o vírus nas aves selvagens que o contraem, bem como quais as rotas migratórias que encerram a maior ameaça de transmissão (Publico)
Em Copenhaga, antes da abertura de uma reunião de três dias dos responsáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comissão Europeia, o director do departamento europeu da OMS, Gudjon Magnusson, mostrou-se muito optimista.“Ao preparar-se de forma adequada e passar à acção, a Europa poderá evitar a situação que vemos na Ásia”, a região mais ameaçada, disse Magnusson em conferência de imprensa.“É importante não descuidar os esforços na Europa neste momento, mas o coração da guerra contra a gripe das aves é a Ásia. A Europa tem excelentes hipóteses de conter o vírus”.As 60 vítimas mortais da gripe das aves no mundo foram todas registadas na Ásia. A ONU está especialmente preocupada com a Indonésia, um dos países mais populosos do mundo. A FAO (Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura) anunciou que vai enviar para aquele país uma “equipa de intervenção composta por peritos”, entre eles Peter Roeder.Em Otava, os ministros da Saúde e especialistas de 30 países estiveram reunidos para analisar os meios de enfrentar uma eventual pandemia.ONU lembra que aves selvagens não são a causa real do problemaDesignar as aves selvagens como os principais vectores de expansão da gripe das aves é contraprodutivo quando as raízes do mal devem ser procuradas nos métodos de produção intensiva de aves domésticas, insurgiu-se hoje o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).Os representantes de nove organizações internacionais – entre eles quatro agências da ONU – reunidos hoje em Bona, Alemanha, num grupo de trabalho criado pelo PNUA, denunciaram a “histeria” mediática que envolve a transmissão do vírus H5N1 da gripe das aves. Este grupo de trabalho defende controlos mais apertados ao comércio e transporte de aves selvagens e domésticas.“Arriscamo-nos a perder um tempo precioso ao apontar o dedo às aves selvagens, quando as causas reais do mal devem ser procuradas nas práticas de produção de aves domésticas (...) com condições favoráveis à transmissão e mutação do vírus”, disse um dos participantes, William Karesh, director dos programas veterinários da Sociedade de Conservação da Natureza (WCS).Colin Galbraith, presidente da Convenção da ONU sobre espécies migradoras, adoptada em Bona em 1979, lembrou as incertezas sobre as condições de transmissão do vírus entre aves selvagens e domésticas e considerou urgente estudar como evolui o vírus nas aves selvagens que o contraem, bem como quais as rotas migratórias que encerram a maior ameaça de transmissão (Publico)
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