Entidade mundial quer reforçar vacina contra gripe aviária
O Instituto Internacional da Vacina criou um consórcio para monitorar a gripe aviária, reforçar a produção regional de vacinas e desenvolver um novo tratamento na Coréia do Sul, disse na quinta-feira o diretor-geral dessa entidade mundial.
John Clemens, um médico norte-americano que leciona na Universidade Johns Hopkins, também contou à Reuters que o instituto propôs um trabalho com a miserável Coréia do Norte a fim de prevenir doenças como a meningite bacteriana entre as crianças do país.
O Instituto Internacional da Vacina, com sede em Seul, é a única organização internacional de pesquisas voltada para o desenvolvimento de novas vacinas para as pessoas mais pobres do mundo, especialmente crianças.
Em resposta ao avanço da gripe aviária na Ásia e até na Europa, o que desperta temores de uma pandemia, Clemens disse que sua entidade estabeleceu um consórcio de especialistas sul-coreanos em saúde pública e em produção de vacinas, tanto do setor público quanto do privado. Agora, o Instituto busca verbas para sua atuação.
"Acho que há uma ótima razão para crer que algo vai acontecer nos próximos anos. Não sabemos se será neste ano, no ano que vem ou dentro de três anos", afirmou ele por telefone. "Mas a epidemia do vírus H5N1 em aves não dá sinais de ceder. Na verdade, é bem ao contrário."
Ele disse que a taxa de mortalidade para essa pandemia seria equivalente à do surto de gripe espanhola em 1918, o que poderia significar até 100 milhões de mortes em um intervalo de um a três anos. "É difícil imaginar uma ameaça sanitária nesse espaço de tempo que fosse maior", disse o médico.
A gripe aviária é altamente contagiosa e já matou milhões de aves e mais de 60 pessoas na Ásia desde 2003.
Clemens disse que o consórcio tentará ajudar países vizinhos a monitorarem o vírus em animais e humanos. "Estamos muito preocupados com o destino dos países em desenvolvimento num cenário de pandemia. Há uma sensação de que certamente eles ficarão extraordinariamente vulneráveis a uma pandemia", afirmou.
"Mas isso também seria valioso para a Coréia do Sul e outros países industrializados, ao cortar o surto pela raiz", disse o especialista.
Outra proposta é convencer um ou mais laboratórios regionais a aumentar a produção de vacinas. A atual estrutura, segundo Clemens, é totalmente incapaz de produzir as 300 milhões de doses que seriam necessárias para os 6 bilhões de habitantes do planeta.
O instituto também pode ajudar em testes clínicos caso empresas sul-coreanas desenvolvam novas vacinas mais potentes.
O instituto tem cem funcionários de 16 países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e 36 países são membros do instituto, criado em 1997.
Clemens disse esperar que uma eventual vacina contra a gripe aviária desenvolvida na Coréia do Sul seja disponível na Coréia do Norte. Afirmou, porém, que ainda não recebeu resposta nos contatos que manteve com o ministério norte-coreano da Saúde.
"Discussões de acompanhamento provavelmente ocorrerão no futuro. Mas no momento estamos num limbo", declarou.
John Clemens, um médico norte-americano que leciona na Universidade Johns Hopkins, também contou à Reuters que o instituto propôs um trabalho com a miserável Coréia do Norte a fim de prevenir doenças como a meningite bacteriana entre as crianças do país.
O Instituto Internacional da Vacina, com sede em Seul, é a única organização internacional de pesquisas voltada para o desenvolvimento de novas vacinas para as pessoas mais pobres do mundo, especialmente crianças.
Em resposta ao avanço da gripe aviária na Ásia e até na Europa, o que desperta temores de uma pandemia, Clemens disse que sua entidade estabeleceu um consórcio de especialistas sul-coreanos em saúde pública e em produção de vacinas, tanto do setor público quanto do privado. Agora, o Instituto busca verbas para sua atuação.
"Acho que há uma ótima razão para crer que algo vai acontecer nos próximos anos. Não sabemos se será neste ano, no ano que vem ou dentro de três anos", afirmou ele por telefone. "Mas a epidemia do vírus H5N1 em aves não dá sinais de ceder. Na verdade, é bem ao contrário."
Ele disse que a taxa de mortalidade para essa pandemia seria equivalente à do surto de gripe espanhola em 1918, o que poderia significar até 100 milhões de mortes em um intervalo de um a três anos. "É difícil imaginar uma ameaça sanitária nesse espaço de tempo que fosse maior", disse o médico.
A gripe aviária é altamente contagiosa e já matou milhões de aves e mais de 60 pessoas na Ásia desde 2003.
Clemens disse que o consórcio tentará ajudar países vizinhos a monitorarem o vírus em animais e humanos. "Estamos muito preocupados com o destino dos países em desenvolvimento num cenário de pandemia. Há uma sensação de que certamente eles ficarão extraordinariamente vulneráveis a uma pandemia", afirmou.
"Mas isso também seria valioso para a Coréia do Sul e outros países industrializados, ao cortar o surto pela raiz", disse o especialista.
Outra proposta é convencer um ou mais laboratórios regionais a aumentar a produção de vacinas. A atual estrutura, segundo Clemens, é totalmente incapaz de produzir as 300 milhões de doses que seriam necessárias para os 6 bilhões de habitantes do planeta.
O instituto também pode ajudar em testes clínicos caso empresas sul-coreanas desenvolvam novas vacinas mais potentes.
O instituto tem cem funcionários de 16 países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e 36 países são membros do instituto, criado em 1997.
Clemens disse esperar que uma eventual vacina contra a gripe aviária desenvolvida na Coréia do Sul seja disponível na Coréia do Norte. Afirmou, porém, que ainda não recebeu resposta nos contatos que manteve com o ministério norte-coreano da Saúde.
"Discussões de acompanhamento provavelmente ocorrerão no futuro. Mas no momento estamos num limbo", declarou.
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