quinta-feira, novembro 17, 2005

Luta contra a gripe das aves vai exigir 850 milhões de euros

O Banco Mundial estima que serão necessários entre 640 e 850 milhões de euros, nos próximos três anos, para lutar contra a gripe das aves nos países já afectados e nos que correm risco de contaminação. A responsável pelo departamento de Saúde e Alimentação do Banco Mundial, Fadi Saadah, disse que o montante foi calculado em função da actual epidemia da gripe das aves no sudeste asiático, mas não tem em conta o eventual cenário de uma pandemia de gripe humana."Nesse caso, essa quantia teria de multiplicar-se várias vezes", disse Saadah perante especialistas de todo o mundo reunidos na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, para debater estratégias de combate à doença entre as aves.Durante a conferência, que hoje termina, foram lançados repetidos alertas sobre o elevado risco de ocorrer uma pandemia humana, em consequência de uma possível mutação genética do vírus da gripe das aves que lhe permita transmitir-se facilmente entre pessoas.A representante do Banco Mundial disse ainda que 90 por cento dos recursos disponíveis para lutar contra a doença deverão destinar-se directamente aos países afectados e de maior risco, para que se apliquem programas de prevenção e controlo a nível nacional.Por seu lado, a subdirectora-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Louise Fresco, disse que os países com maior risco são o Bangladesh e a Índia, tal como as regiões do Cáucaso, Médio Oriente e o continente africano.Fresco, que falava também em nome da Organização Internacional das Epizootias (OIE), afirmou que os dois organismos precisam de 45 milhões de dólares (38 milhões de euros) para implementar medidas no âmbito animal nos países afectados e de alto risco durante o próximo semestre.Desse montante, 15 milhões de dólares (13 milhões de euros) iriam para planos de prevenção e para o reforço dos laboratórios nacionais. O restante serviria para melhorar a qualidade dos serviços veterinários, elaborar campanhas de vacinação de aves e indemnizar os criadores que tenham de sacrificar animais suspeitos de terem contraído o vírus, entre outros.Esta especialista revelou que vários países afectados pediram assistência à FAO e à OIE por se sentirem "ultrapassados" pela situação.A directora-geral adjunta da OMS, Margaret Chan, estimou em 20 milhões de dólares (17 milhões de euros) as necessidades financeiras do seu organismo para assistir de imediato aos países.Explicou que a OMS tem cinco estratégias prioritárias baseadas na redução da exposição dos seres humanos ao vírus, através de um contacto controlado com as aves, o reforço dos sistemas de alerta nacionais e globais, e medidas de contenção da doença (isolamento das aves suspeitas).Alem disso, a OMS planeia ajudar os países a elaborar os seus planos de preparação e promover a aceleração das investigações sobre uma futura vacina

Cientistas identificam mais duas estirpes do vírus da gripe das aves

Cientistas do Vietname identificaram duas novas estirpes do vírus da gripe das aves em galinhas. Se estas novas variações começarem a propagar-se, os riscos para a saúde pública e para os seres humanos vão ser mais preocupantes. O director do Centro Regional de Saúde Animal de Ho Chi Minh, Dong Manh Ha, explicou hoje que um estudo do centro encontrou as novas estirpes dos subtipos H3 e H4 em aves de criação. Estes dois subtipos podem ser mortais para as aves, mas são menos virulentos e espalham-se mais lentamente do que o H5, associado ao temor de uma pandemia humana.No entanto, apesar de parecerem menos perigosos, "a presença de mais subtipos do vírus da gripe nas aves torna o vírus muito mais perigoso", explicou Dong Manh Ha.A imprensa estatal do Vietname indica hoje que estas estirpes são a H3N4 e a H4N5. O Vietname está a braços com mais de doze focos de gripe das aves em 14 províncias. O país está a recorrer ao abate sistemático nas suas duas maiores cidades. O aumento da vigilância, despertado pela eclosão da crise sanitária, torna mais provável a detecção de novos vírus ou estirpes.As amostras das novas estirpes já foram enviadas à Organização Internacional de Saúde Animal para mais investigação.

Tailândia: diagnosticado vírus H5N1 em bebé de 18 meses

Um bebé de 18 meses tornou-se a 21ª pessoa infectada com o vírus H5N1 da gripe das aves na Tailândia, mas está a recuperar num hospital, afirmou hoje um alto responsável da saúde tailandês. Os resultados das análises confirmaram hoje que a criança, do sexo masculino, está infectada com a estirpe H5N1 da gripe das aves, segundo disse o director-geral do Departamento de Controlo de Doenças Contagiosas tailandês, Thawat Suntarajarn.De acordo com o mesmo responsável, que se escusou a revelar a identidade da vítima, o bebé encontra-se agora num hospital de Banguecoque, capital da Tailândia, e os sintomas que apresenta não são considerados graves.A criança reside numa casa em Minburi, um subúrbio de Banguecoque, onde estavam três galos e uma galinha utilizados em lutas. As quatro aves morreram pouco depois de o bebé ter sido hospitalizado com sintomas de gripe, acrescentou o responsável.Na Tailândia, 21 pessoas já contraíram a doença desde que esta surgiu no continente asiático, em 2003, e 13 delas morreram. Este ano, foi confirmado o registo de quatro casos, um dos quais fatal.

A gripe aviária contaminou 3 pessoas

O governo chinês confirmou nesta quarta-feira os três primeiros casos de gripe aviária em humanos na China - entre eles, uma morte. De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, dois casos foram registrados na província de Hunan e o outro, na província de Anhui. Em Hunan, na região central do país, uma menina de 12 anos morreu após pegar a doença. Seu irmão também foi contaminado, mas se recuperou. O governo chinês não deu mais detalhes do terceiro caso.Várias aves já morreram nas duas províncias em decorrência da doença, informou a Xinhua. Por conta disso, milhões de outras aves tiveram de ser abatidas, para se evitar o aparecimento de novos focos. Desde 2003, a gripe aviária já matou mais de 60 pessoas na Ásia, a maioria no Vietnã e na Tailândia. De acordo com a agência de notícias Associated Press, especialistas estão examinando um funcionário de uma granja que ficou doente na província de Liaoning, nordeste chinês. A região já sofreu quatro surtos de gripe aviária (Veja)

Gripe das aves provoca primeira vítima mortal humana na China

A gripe das aves provocou a primeira vítima mortal humana na China, segundo anunciou hoje um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS). "As autoridades chinesas informaram-nos da morte de uma mulher de 24 anos na província de Anhui", no Este do país, afirmou à AFP Dick Thompson, porta-voz do departamento de doenças infecciosas da OMS em Genebra, Suíça."As autoridades assinalaram três casos humanos de gripe das aves, mas nós confirmamos apenas dois, o da pessoa que morreu e o caso de uma criança de nove anos em Hunan", no centro-Sul da China, disse o mesmo responsável da OMS.Anteriormente, o ministro chinês da Saúde tinha dado conta, hoje, do registo dos três primeiros casos no país de gripe das aves em humanos - os dois casos agora confirmados pela OMS e um outro de uma criança de 12 anos de idade, também na província de Hunan, familiar do rapaz de nove anos (Publico)

terça-feira, novembro 15, 2005

Bird Flu - European Commission earmarks €30 million for Asia

Concerns about avian influenza and the threat of a pandemic have to be tackled not only within the EU, but by helping countries at risk to control this disease at its source. The European Commission has earmarked up to €30 million to assist Asian partners face up to this challenge in 2006. The allocation of the money will be decided as soon as there has been an international evaluation of medium and long term needs. The forthcoming international Partners meeting on Avian and Human Pandemic Influenza in Geneva (7-9 November) will provide an important opportunity to assess and identify what international financial assistance is required to support country and regional plans, particularly in Asia. The Commissioner for External Relations and European Neighbourhood Policy, Benita Ferrero-Waldner said: “There are concrete actions we can take to increase preparedness and avert the threat of a pandemic. These must be treated as a priority in the coming months. The Commission stands ready to provide assistance, particularly to least developed countries in Asia to support their medium term strategies for tackling this growing problem.”The recurrence of bird flu in Asia over the last three years and its rapid expansion to other regions in the world makes it necessary to develop a long term external response strategy.The Commission’s external response aims at providing assistance, particularly to least developed countries, in support of their medium and long term plans, addressing structural problems such as reinforcing veterinary and public health services to cope with detection, prevention and containment of avian influenza and also other zoönosis. The Commission’s external response is to be seen in the context of the global strategy prepared by the FAO (Food and Agriculture Organisation) and the OiE (Office international des epizooties) to control and eradicate the avian influenza in the animal population as well as of the strategy developed by the WHO (World Health Organisation) to protect humans from a transmission of the virus and reduce the risk of a pandemic situation.

Commission informed that final results on samples from Greek region of Chios are negative for presence of avian influenza

The European Commission has today been informed by the European Community Reference Laboratory in Weybridge that the final results of tests carried out on samples taken from poultry in the region of Chios are negative for the presence of avian influenza. The samples had been taken and sent for tests to the CRL following a suspected case of avian influenza on a farm in the island of Inousses in the Chios region. Following a first round of virological tests which proved negative, a second round of virological tests were carried out on new samples from the suspected farm, and all the test results are negative for the presence of avian influenza. In coordination with the European Commission, the Greek authorities will now lift the ban on movements of poultry from the region of Chios which had been imposed by the Greek authorities pending the final results of the tests.

Avian influenza: EU bans imports of captive live birds from third countries

Member States today endorsed a draft Commission decision to ban imports from third countries of captive live birds other than poultry for commercial purposes, at a meeting of the Standing Committee on the Food Chain and Animal Health (SCFCAH). These measures, which follow the detection of highly pathogenic avian influenza in a bird held in quarantine in the UK last week, aim to strengthen further the EU’s defences against avian influenza. The ban covers captive live birds other than poultry imported for commercial purposes. A separate decision regulates the movement of birds accompanying their owners which will be subject to certain conditions.
The ban on commercial imports of captive live birds and the regulation of movements from third countries of birds accompanying their owners (pet birds) will be effective immediately following adoption by the Commission expected in the next few days. Certain derogations from the ban are provided within today’s decisions. Birds will be allowed to be moved between approved zoos and similar institutions. Hatching eggs of non-poultry birds can be imported for use in authorised hatcheries if their shells are decontaminated upon arrival, or if they are being sent to zoos. Concerning the movement of birds accompanying their owners, Member States can allow no more than five birds accompanying their owners to enter from third countries on condition that they have undergone a 30-day quarantine in approved third countries, otherwise they must be subject to 30 days quarantine in the Member State of destination. As an alternative to quarantine, such birds may be admitted if they have been vaccinated against avian influenza, or have tested negative for avian influenza during a ten day isolation period before movement. The movement of birds accompanying their owners is not restricted for Norway, Switzerland, Liechtenstein Andorra, Iceland, Greenland, Faeroe Islands and San Marino. The decisions taken today will apply until 30 November, 2005, before which time SCFCAH will review the situation.

European scientists develop human vaccine against H7N1 avian flu virus

Supported by the EU Research Framework Programme, influenza experts from the UK, Italy and Norway, working with vaccine researchers from Sanofi Pasteur in France, have developed another human candidate vaccine for pandemic human flu, targeting the H7N1 avian flu virus. Following this research breakthrough, it is planned that this new vaccine, for the first time targeted against H7N1 virus, will go into clinical trials in Spring 2006 (it will be called ‘RD-3’). Most vaccine development has centred on H5N1 thus far, which is the highly pathogenic form of the avian influenza (“bird flu”) dominating the news at present. However, a report from the FLUPAN research project in last week’s Journal of Infectious Disease (JID) notes that also the H7 virus can spread from poultry to humans. These important research activities on vaccines are part of the overall set of measures undertaken by the Commission in order to tackle avian influenza and the potential emergence of pandemic influenza in humans.
The vaccine research project is called FLUPAN is funded by the European Union to demonstrate European capacity to produce a safe and effective vaccine against highly pathogenic avian influenza viruses. The FLUPAN consortium consists of six partners: Health Protection Agency, UK; Istituto Superiore di Sanita, Italy; National Institute for Biological Standards and Control, UK; Sanofi Pasteur, France, the vaccines business of the Sanofi-Aventis Group; University of Bergen, Norway; University of Reading, UK.
The project began in September 2001 by selecting a highly pathogenic H7N1 virus as a potential pandemic virus. This virus caused lethal outbreaks in Italian poultry in 1999 and was related to the H7N7 poultry virus in the Netherlands.
As the H7N1 virus was too dangerous for direct use in standard influenza vaccine production, it was modified to make it safe using a process called ‘reverse genetics’. The ‘custom-built’ RD-3 vaccine, passed international safety tests and is now being used by Sanofi Pasteur to produce a vaccine. It is the first vaccine not to use eggs in its production by using the reverse genetics technique.The risk of H7 emerging as a pandemic influenza strain is considered to be lower than for H5N1. Nonetheless, the technological progress achieved through the H7 FLUPAN research ensures that the project will be a valuable resource for pandemic vaccine development in the future. The research appears in the October 15 issue (p. 1318) of The Journal of Infectious Diseases, which can be found at
http://www.journals.uchicago.edu/JID/journal/.
An expert meeting last week in Brussels investigated further research needs in prevention and therapies against avian and possible human pandemic influenza. The experts concluded that a rapid mobilization of extraordinary research efforts is required to address the needs for prevention through improved vaccines. These research efforts and clinical studies are part of the wide range of actions and measures undertaken or proposed by the European Commission in order to address the current avian influenza situation and the potential emergence of pandemic influenza in humans.The fight against the disease needs to be tackled at the source, i.e. in animals, while at the same time, a major effort is needed to ensure the protection of humans through the availability of highly performing pandemic influenza vaccines. For more information on the EU-funded research project FLUPAN:
http://www.nibsc.ac.uk/spotlight/flupan.html

European health experts take stock of influenza pandemic preparedness

At a conference jointly organised by the European Commission and the Regional Office for Europe of the World Health Organisation (WHO) in Copenhagen (Denmark) on 24-26 October, European health experts addressed the state of play of preparations for a possible flu pandemic. All 25 EU Member States now have national preparedness plans, as do 21 other countries in the WHO’s European region. However, additional efforts are needed as far as funding, testing and implementation of these plans are concerned. On avian influenza (AI), discussions focused on improving surveillance and information sharing, on compensation of farmers, on protection of poultry sector workers and on detection of AI in humans. On influenza pandemic preparedness, the experts called for the strengthening of aspects other than pharmaceutical interventions in national plans, such as civil protection, transport, communications and health systems response, setting up emergency centres, investing in labs, and encouraging vaccination between pandemics. On the role of international organisations, recommendations focused on setting internationally accepted standards and guidelines and sharing information.
European Health and Consumer Protection Commissioner Markos Kyprianou said: “We now have a much clearer picture of the preparedness of EU Member States for dealing with a possible human influenza pandemic. I welcome the fact that all twenty five Member States now have national preparedness plans in place. We have made progress in recent months, which is not to say that we can rest on our laurels, as there is more progress to be made. The Commission will continue to support and coordinate the work of Member States in this area so that we all achieve as high a level of preparedness as possible.”Participants called for boosting co-operation between countries on the international and European level, including on issues such as disease surveillance, better harmonisation of control measures between neighbouring countries, and risk communication. They also called for strengthening the capacity of public health systems for the early and rapid detection of and response to possible flu pandemic, improving co-operation between health and veterinary systems, and encouraging dialogue with farmers. Developed, and in particular European, countries should also help most exposed countries, such as developing countries, to address the lack of human and technical resources in the veterinary and medical field to tackle outbreaks.
While stockpiling antiviral drugs and ensuring timely production of pandemic vaccines are important, the participants also called for national preparedness plans to address other elements, such as strengthening surveillance, laboratory capacity, training of personnel, and communication systems. New antiviral drugs can help slow down an outbreak and buy time for vaccine development, but they must be used responsibly, to avoid the creation of drug-resistant strains. For further information, please visit:
http://europa.eu.int/comm/dgs/health_consumer/dyna/influenza/index.cfm

Alerta en Rumania

Las autoridades rumanas han confirmado la presencia del virus altamente patógeno H5N1 en dos aves silvestres encontradas muertas hace 15 días y cuyas pruebas biológicas fueron enviadas para análisis al laboratorio Weybridge de Gran Bretaña.El ministro rumano de Agricultura, Gheorghe Flutur, ha declarado que ha recibido por teléfono la confirmación del virus de la gripe aviar en su más mortífera cepa transmisible a los humanos en un ganso salvaje muerto cerca de la localidad Vadul Oii, cerca de Constanza, y un cisne muerto en la zona del lago Sinoe, próximo a Tulcea.En estos casos las autoridades no declaran cuarentena dado que las aves migratorias se encontraban en lugares aislados sin impacto sobre las aves de corral de la zona.

Londres sospecha que pinzones importados de Taiwán introdujeron la gripe aviar en el país

ELPAIS.es
El Gobierno británico sospecha que 53 pinzones procedentes de Taiwán que murieron en un centro de cuarentena pudieron introducir la gripe aviar en el país, según ha reconocido hoy el ministerio de Medio Ambiente.Las mismas fuentes dudan ahora de que el loro muerto en el mismo centro el pasado mes muriera de la enfermedad y creen que en todo caso fue contagiado por los canarios.El informe del Grupo Nacional de Emergencia Epidemiológica no confirma tajantemente que la enfermedad fuera introducida en el centro por los pinzones pero considera esta hipótesis como la más probable. Según informa la BBC, la vaguedad de estas informaciones se debe a que las pruebas efectuadas a las aves muertas están mezcladas. El pasado 23 de octubre el Gobierno británico afirmó que había detectado la variante del virus H5N1 en el loro fallecido, importado desde Surinam, lo que suponía el primer caso comprobado de gripe aviar en la Unión Europea hasta la fecha. Las autoridades sanitarias comunicaron entonces que estaban realizando también pruebas a otros pájaros importados de Taiwán que habían fallecido y que habían estado en contacto con el loro. El ministerio de Medio Ambiente de Reino Unido ha precisado que el hecho de que la muerte de los pinzones se produjera en un centro de cuarentena hace que Reino Unido conserve el estatus de país no infectado por el virus H5n1.

Dois novos focos da gripe das aves detectados na China

As autoridades chinesas detectaram dois novos focos da gripe das aves do tipo H5N1 na região de Xinjiang (noroeste do país), elevando para 11 o número de focos registados em território chinês desde há um mês, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). "Um dos focos está situado na zona de Zepu e o outro na zona de Urumqi", afirmou Roy Wadia, um porta-voz da OMS em Pequim, citando as informações fornecidas pelo Governo chinês. Um total de 6547 aves foram infectadas e 320 mil foram abatidas, na sequência dos dois novos focos da gripe das aves, disse também Roy Wadia.Os dois novos focos da doença foram descobertos no passado dia 9, sendo que a confirmação surgiu agora, acrescentou ainda o mesmo responsável da OMS.

Cinquenta e três canários morreram em Inglaterra

Cinquenta e três canários morreram em Inglaterra devido ao vírus da gripe das aves H5N1. As aves estavam em quarentena num centro veterinário desde o mês passado. Segundo revelou hoje o Ministério da Agricultura britânico, naquele centro veterinário em Essex já tinha sido anteriormente detectado o vírus num papagaio proveniente do Suriname (América do Sul), que acabaria por morrer. O ministério afirmou, contudo, que não é possível determinar se foi aquela ave que esteve na origem da infecção. As 53 aves agora mortas eram provenientes de Taiwan (Ásia).

Terrorismo e gripe das aves ameaçam turismo

As ameaças terroristas, os desastres naturais e crises de saúde pública como a da gripe das aves alteraram o panorama da indústria turística, defenderam especialistas da Feira Mundial de Turismo de Londres, num relatório citado pela Lusa. "O sector já não pode esperar um ano "normal" para as viagens e para o turismo. Todos os anos surgem novas incertezas e desafios", adverte o relatório divulgado pela organização da Feira Mundial de Turismo (World Travel Market, WTM), que ontem teve início na capital britânica. "O terrorismo, a guerra, os desastres naturais e as pandemias são algumas das ameaças que o sector enfrenta a curto, médio e largo prazo", afirma o documento. O relatório, que se baseia em dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), da Comissão Europeia de Turismo (ETC) e da Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA), acrescenta que "o próximo grande problema poderá ser a gripe das aves", que contaminou já 118 pessoas no Vietname, na Indonésia, na Tailândia e no Camboja."A indústria do turismo, tal como outros sectores da economia, estão a preparar-se tranquilamente para os cenários mais negros", refere o mesmo documento, recusando, no entanto, qualquer alarmismo em relação a uma eventual pandemia de gripe das aves. A Feira Mundial de Turismo, que termina quinta-feira, recebe cinco mil expositores de mais de 200 países, e conta com a participação de 45 mil profissionais do sector.

OMS confirma que pandemia de gripe das aves é possível

A Organização Mundial de Saúde (OMS), recentemente acusada de estar a actuar de forma alarmista em relação à gripe das aves, reafirmou ontem que o alastramento da doença, ao ponto de se ficar em presença de uma pandemia, é muito provável. O porta-voz da OMS, Roy Wadia, refutou, em declarações à agência EFE, as críticas que, um dia antes, haviam sido endereçadas pela Oraganização Mundial de Saúde Animal (OIE), por intermédio do seu director-geral, Bernard Vallat. Este responsável havia declarado que os apelos feitos pela sua organização para que fossem melhorados os serviços veterinários dos países asiáticos atingidos pela doença não haviam sido atendidos pela OMS. Roy Wadia lembrou que a função fundamental da OMS em relação à gripe das aves consiste em aconselhar os ministérios da Saúde. "Temos incentivado os governos asiáticos a melhorar a saúde pública e humana em especial. Os focos epidémicos em animais são da responsabilidade dos ministérios da Agricultura. Os governos têm de reconhecer que o sector chave para controlar a epidemia é o agrícola", disse.Entretanto, na Indonésia, responsáveis da Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), constituída por 21 países, afirmaram a vontade de trabalhar em conjunto para desenvolverem uma vacina que possa travar uma previsível pandemia. Segundo revelou Kim Jong-hoon, da Coreia do Sul, os diversos países estão a recolher informações úteis que lhes possam permitir adoptar um plano conjunto de trabalho, a partir do qual se deverá começar a desenvolver medicamentos capazes de travar o desenvolvimento do vírus. Na China, existem cada vez mais suspeitas de que a gripe das aves terá sido responsável por uma primeira vítima. Esta semana, responsáveis da OMS vão à província de Hunan, no Centro do país, para se certificarem se a morte de um rapaz de 16 anos foi efectivamente causada pela doença ou, como inicialmente foi adiantado, resultou de uma pneumonia. O director do Centro Chinês de Prevenção e Controlo de Doenças, Wang Yu, declarou que os resultados das peritagens que estão a ser realizadas naquela região do país deverão ser conhecidas em breve.

sábado, novembro 12, 2005

La OMS gestionará la entrega de Tamiflu en caso de pandemia

RAFAEL MÉNDEZ - Ginebra
ELPAIS.es
Los países asiáticos en los que surja la pandemia de gripe dispondrán de antivirales. Se los proporcionará la Organización Mundial de la Salud (OMS) del fondo mundial de antivirales que la Cumbre Mundial sobre Gripe Aviar ha acordado crear hoy, poco antes de su clausura. Los países asiáticos no pueden acceder actualmente a estos fármacos por su elevado precio y porque los países ricos han copado con pedidos de millones de dosis la producción de Roche, fabricante de Tamiflu, el principal antiviral. La OMS negocia con el laboratorio para que le venda parte del exceso de aumento de producción que ha conseguido.
Los tres días de cumbre han estado llenos de palabras como cooperación, coordinación e implementar. Sólo al final ha aparecido un acuerdo concreto. Los países asiáticos, máximos candidatos a ver surgir la pandemia de gripe por la mutación del actual virus aviar H5N1, pidieron insistentemente la creación de un almacén mundial de antivirales. "Hay países que ya tienen antivirales, pero no tienen casos ni están en zonas de riesgo. Si nos dieran un pequeño porcentaje de su almacén podríamos prepararnos mejor. Esos países repondrían el Tamiflu cuando Roche aumente su capacidad de producción", ha explicado a este diario el representante de Tailandia, Supachai Kunaratanapruk. Tailandia, Malaisia o Indonesia mostraron preocupaciones parecidas ante los 600 delegados de más de 100 países reunidos en Ginebra. Otros países en desarrollo, como Kenia, Argelia o Irán, apoyaron el fondo.
Al cierre de la cumbre, el director general de la OMS, Lee Jong-wok, ha subrayado: "El suministro de antivirales no cubre toda la demanda y tenemos que conseguir un acceso justo a las medicinas". Para paliarlo, ha anunciado que, entre las acciones "inmediatas", se encuentra la creación de un "almacén mundial de antivirales". Las peticiones de los países asiáticos habían sido atendidas aunque no hay plazo ni cifras. La delegado de Jong-wok para la Gripe Aviar, Margaret Chan, ha explicado después que la OMS negocia con Roche "para conseguir los antivirales a un precio muy ventajoso". Los científicos creen que el antiviral Tamiflu será especialmente importante en los primeros meses de pandemia, hasta que exista una vacuna eficaz. Chan no ha desvelado ni cuántos millones de dosis quiere conseguir la OMS ni cuánto está dispuesto a gastar o quién pondrá el dinero: "Cuando uno llega a una negociación no puede desvelar sus cartas. Entiéndanlo". El acuerdo será posible porque Roche anunció el lunes que pasará de los 55 millones de dosis anuales que puede producir actualmente a 150 millones en 2006 y 300 millones en 2007. El aumento de la producción se hará gracias al acuerdo con otras empresas para fabricar Tamiflu. Así, el laboratorio no tiene toda su producción ya comprada y puede suministrar a la OMS a la vez que cumple con los plazos de entrega pactados con los países. Sólo España ha pedido antivirales para cubrir al 10% de su población. "No podíamos saltarnos la cola de los países que ya han realizado sus pedidos", ha explicado Chan, quien ha confiado en que el laboratorio rebaje el precio de venta hasta un nivel muy ventajoso. Roche ha anunciado hoy que rebajará el precio para los países asiáticos que se preparen para una pandemia. A los países en desarrollo, el Tamiflu les costará unos 12 euros, mientras que en los países desarrollados cuesta unos 15 euros. Actualmente, la OMS tiene una reserva de antivirales de tres millones de dosis. Roche los cedió en verano y la OMS lo bautizó como "la manta apagafuegos", porque en caso de pandemia serían la primera medida, pero, al igual que una manta en un incendio, no serviría para apagar todo el fuego, como mucho para retrasarlo. Esa reserva es útil, según el coordinador del Programa de Gripe de la OMS, Klaus Stohr, "para afrontar los primeros casos de gripe humana si el virus H5N1 muta allá donde surjan", pero no permitía cubrir a la población de Asia en caso de que el virus mute. Además, aplicar esta primera dosis de emergencia para contener el virus "es una tarea enorme", según Stohr: "Hay que llevarlos a la zona afectada y aplicarlos entre la población que haya podido estar en contacto con el virus en los dos primeros días. No será fácil". La cumbre ha pedido a la OMS que prepare un plan detallado sobre cómo desplegará estos antivirales.
La OMS teme la aparición de una pandemia de gripe ocasionada por el virus de la gripe aviar H5N1, que desde 2003 circula sin control por las aves de Asia y ha llegado a Europa a través de las aves migratorias. El virus ha demostrado su capacidad para infectar al hombre (ya ha matado al menos 63 personas en Asia de las más de 120 que ha infectado). El temor es que al circular cada vez más entre las aves se multiplica la capacidad de que salte al hombre y se adapte. En ese caso, los cálculos “moderados” de la OMS afirman que morirían entre dos y siete millones de personas. Las pandemias de gripe son periódicas al aparecer un virus con una proteína en la cubierta que no reconoce el sistema inmunitario de la población y el virus H5N1 es el mejor candidato en 30 años. La mutación puede ocurrir mañana o dentro de varios años. La OMS asegura que aún hay margen y que si los países se preparan consigue, “será la primera vez en la historia que se reduzca el impacto de una pandemia”, sentenció el coordinador de la ONU para la Gripe Aviar, David Nabarro. Lo veremos (El Pais)

Plano de combate à gripe aviária exigirá 850 milhões de euros

Joana Ferreira da Costa
No dia em que foi anunciada a provável morte de uma adolescente indonésia com gripe das aves, o Banco Mundial defendeu que serão necessários mil milhões de dólares (850 milhões de euros) para pôr em prática um plano de acção coordenada de combate à gripe aviária, nos próximos três anos.Outro 500 milhões de dólares (425 milhões de euros) serão precisos para investir no desenvolvimento de vacinas e aumentar a produção dos medicamentos antivirais, que se têm mostrado mais eficazes contra o vírus H5N1, que matou 64 pessoas na Ásia.As estimativas foram avançadas ontem, no final da reunião sobre a gripe das aves organizada, em Genebra pela Organização Mundial da Saúde e onde mais de 600 peritos traçaram um plano de intervenção contra a gripe aviária que exige um enorme esforço de financiamento.As verbas necessárias serão angariadas numa conferência de doadores em Janeiro do próximo ano e financiarão os programas de combate à doença em 150 países em desenvolvimento, de forma a evitar uma pandemia em seres humanos.A estirpe mais perigosa do vírus aviário, a H5N1, já é endémica em muitos países asiáticos. Apenas se transmite ao homem através de estreito contacto com animais infectados. A grande preocupação é que o H5N1 sofra mutações que o transformem num novo vírus, capaz de se transmitir de homem para homem, dando origem a uma pandemia de gripe.A prioridade do plano de acção está, por isso, centrada no controlo da gripe nas explorações de aves, sobretudo no Sudeste asiático. Ontem, na Indonésia, as autoridades de saúde admitiam que a gripe das aves poderá ter sido responsável por mais uma morte no país: a de uma rapariga de 16 anos, que vivia num subúrbio de Jacarta. "Os testes realizados mostraram resultados positivos [ao H5N1], mas aguardamos a confirmação de Hong Kong", afirmou à Reuters, Hariadi Wibisono, do Ministério da Saúde indonésio.O abate e a vacinação das aves de capoeira nos países onde a doença se tornou endémica é uma das prioridades do plano. Mas ontem a China - que enfrentou quatro surtos de gripe aviária nos últimos 15 dias - admitia que a situação na província de Liaoning está fora de controlo, em parte porque as aves foram imunizadas com vacinas de contrafacção. "A epidemia continua a ser grave. Os esforços para a erradicar são muito complicados e a prevenção é difícil", declarou o ministro da Agricultura, Du Qingling. Parte do problema está na falta de eficácia das vacinas administradas a 13,9 milhões de aves. "A utilização de vacinas de contrafacção e má qualidade levará a um desastre", alertou o responsável. Ontem ficou também definido que tem de ser acelerada a capacidade de diagnóstico e tratamento de casos humanos com a doença, fundamentais para o caso de uma pandemia. A OMS garantiu que os laboratórios Roche conseguirão produzir 415 milhões de doses de um dos antivirais mais eficazes para a doença - Tamiflu - nos próximos dois anos, uma quantidade superior à encomendada pelos países. E o Vietname, onde morreram mais pessoas com o vírus, poderá ser o primeiro a produzi-lo sob licença da Roche (Publico)

Gripe das aves: Organização Internacional das Epizootias critica gestão da OMS

O director geral da Organização Internacional das Epizootias (OIE) critica a Organização Mundial de Saúde (OMS) pela gestão que tem feito da crise da gripe das aves, acusando a OMS de inexactidão científica. Para Bernard Vallat, não é verdade que uma pandemia humana da doença seja inevitável a curto-prazo.Em entrevista ao jornal francês "Libération", Bernard Vallat lamenta a forma como a OMS está a comunicar ao mundo os dados sobre a gripe das aves, em particular a teoria do ritmo cíclico das pandemias. "Desde a chegada da estirpe asiática no fim de 2003, os peritos da OMS afirmam que haverá uma pandemia (humana) porque não houve muitas no século passado, mas eles não dizem que isso pode acontecer no fim deste século", critica o director geral da OIE."A teoria da chegada cíclica das pandemias não tem qualquer base científica", frisa, insurgindo-se contra o discurso da OMS, que interpretou a gripe aviária como "algo de iminente: a comunicação é tendenciosa e isso não é muito científico".Bernard Vallat esclarece que os vírus do tipo "influenza" que potencialmente sofrem mutações e que afectam as aves "existem na natureza há séculos" e que "o potencial pandémico deste vírus animal não é novo, é uma ameaça permanente".Sobre a actuação preventiva das autoridades, o responsável da OIE denuncia que a organização fez apelos sucessivos, quando do eclodir da crise nos países de primeira linha, o Vietname, a Indonésia e a Tailândia, ao reforço e ajuda internacional aos serviços veterinários destes países. A ideia da OIE e a mensagem que sempre transmitiu foi de que "se dermos recursos aos países já afectados, diminuiremos a probabilidade de uma pandemia humana e não será preciso investir tanto". Contudo, o apelo não foi ouvido. "Não fomos ouvidos e a OMS é provavelmente responsável", acusa (Publico)

quarta-feira, novembro 09, 2005

Especialistas de todo o mundo reunidos para discutir gripe das aves

Catarina Gomes

Centenas de especialistas de saúde pública reúnem-se a partir de hoje em Genebra (Suíça), num evento patrocinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para tentar gizar um plano global de combate à gripe das aves e impedir uma eventual pandemia humana de gripe que poderá matar milhões de pessoas.A reunião de Genebra - que junta por três dias 300 cientistas, especialistas de saúde pública e animal, representantes de governos - é o culminar de encontros temáticos locais que têm ocorrido um pouco por toda a parte. "Pela primeira vez na história do mundo, temos a oportunidade de nos prepararmos para uma pandemia antes de ela chegar", disse Margaret Chan, responsável pela monitorização da gripe das aves na OMS, cita a Associated Press. "Ainda existe uma janela de oportunidade para reduzir substancialmente o risco de a pandemia humana ter origem no H5N1, controlando o vírus na sua fonte - os animais", declarou, por seu lado, Joseph Domenech, responsável da área veterinária da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
O vírus matou 63 pessoas em quatro países asiáticos e levou ao abate sanitário de 159 milhões de avesJames Adams, um responsável do Banco Mundial que falará no encontro, disse que se pretende criar um fundo global temático que exigirá doações iniciais entre os 249 milhões e os 414 milhões de euros. Num artigo sobre gripe das aves da revista científica Lancet lia-se que "os sistemas de vigilância estão por implantar em muitas partes do mundo". Apenas 65 dos 192 membros da OMS têm planos de preparação contra a pandemia da gripe das aves, o dobro do que era há seis meses, explicou Margaret Chan. A maior parte são países industrializados, 40 deles são na Europa, o que deixa os mais pobres sem qualquer tipo de preparação.A China pediu ontem ajuda à OMS para perceber se a estirpe da gripe das aves que se revelou mais perigosa para a saúde (o H5N1) foi causa da morte de uma menina de 12 anos e do adoecimento de outras duas crianças no último mês. Se houver confirmação, trata-se do primeiro caso humano reportado no país. O Governo de Hong Kong anunciou que pretende multar em 163 euros quem alimentar pombos em zonas públicas, com o objectivo de prevenir a propagação da gripe das aves. Na Turquia, numa aldeia da província de Izmir, registaram-se várias mortes de aves suspeitas que foram enviadas para análise, informava ontem a AFP. O país teve o primeiro registo do vírus H5N1 em Outubro (Publico)

terça-feira, novembro 08, 2005

Humor

OMS: mutação do vírus da gripe das aves "é uma questão de tempo"

O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Lee Jong-Wook, afirmou hoje, no discurso de abertura da primeira conferência internacional sobre a gripe das aves, que a mutação do vírus para uma estirpe altamente patogénica para o ser humano "é uma questão de tempo"."Não sabemos quando vai chegar, mas sabemos que vai chegar", acrescentou Lee perante cerca de 400 especialistas e representantes de países e organizações internacionais, reunidos em Genebra.
"É agora ou nunca" que se deve agir para controlar a difusão da doença nos animais, que é "a única maneira de diminuir a probabilidade de uma evolução do vírus H5N1, que lhe permita adquirir a capacidade de se transmitir de homem para homem", explicou Samuel Jutzi, alto responsável da Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).Durante os três dias da conferência, as organizações internacionais responsáveis pela luta contra a doença – FAO, OMS, OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e Banco Mundial – pretendem dotar-se dos meios financeiros e políticos para agir rapidamente. É necessário alcançar "um amplo acordo" sobre os meios para "controlar a transmissão do vírus entre as aves, mas também de aves para humanos", reforçar o sistema de detecção veterinária, garantir a indemnização dos criadores de aves e aumentar a capacidade de produção de vacinas e medicamentos antivirais, resumiu a OMS.
A OIE e a FAO estimam em 102 milhões de dólares (86 milhões de euros) o custo de um plano de emergência para os países mais desfavorecidos do Sudeste asiático (incluindo a vacinação em massa das galinhas nos países onde a doença é endémica) e em 75 milhões de dólares (63 milhões de euros) o custo da ajuda à Europa de Leste e a África.Até ao momento apenas foram mobilizados 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) para combater a doença nos animais, provenientes da Alemanha, do Japão, da Holanda e dos Estados Unidos. O Banco Mundial anunciou que está a estudar um programa de ajuda aos países em desenvolvimento atingidos pela gripe das aves, que pode ascender aos 500 milhões de dólares (423 milhões de euros).A doença, que apareceu em alguns países da Ásia, tem progredido para a Europa através da rota das aves migradoras e poderá chegar também ao Médio Oriente e a África.O vírus matou 63 pessoas na Ásia desde Dezembro de 2003 e a OMS registou 124 casos de infecção humana, lembrou Bernard Vallat, director-geral da OIE. Estes números, relativamente baixos, significam que o vírus ainda é "pouco eficaz". "Mas é evidente o perigo de uma possível mutação", que aumenta com o número de galinhas infectadas, salientou.
Uma pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves poderá custar dois a três por cento do crescimento mundial, 550 mil milhões de dólares (465 mil milhões de euros) apenas nos países ricos, segundo estimativas do Banco Mundial, baseadas em cálculos para os Estados Unidos realizados em 1999 sobre dados estatísticos das pandemias do século passado (Publico Online)

Simulação de uma pandemia na UE no final do mês

Todos os países da União Europeia vão participar, no final de Novembro, "num exercício de simulação das respostas face a uma eventual pandemia da gripe das aves", anunciou hoje a ministra espanhola da Saúde, Elena Salgado.A simulação, organizada pela Comissão Europeia, visa testar as capacidades de resposta dos serviços de Saúde mas também as trocas de informação e gestão da comunicação com o público, explicou a ministra à margem da conferência.A Comissão Europeia anunciou a realização desta simulação no dia 19 de Outubro, mas ainda não tinha sido avançada qualquer data.

Gripe das aves: Indonésia confirma quinta morte

Testes laboratoriais efectuados a uma mulher que morreu em Outubro confirmaram que a morte se deveu ao vírus H5N1, elevando para cinco o número total de mortes provocadas pela gripe das aves na Indonésia, noticiou hoje o jornal "Jakarta Post".
O jornal, que cita uma fonte do Ministério da Saúde, acrescentou que os testes efectuados, num laboratório de Hong Kong, a um sobrinho da falecida, que se encontra internado num hospital de Jacarta, também resultaram positivos, pelo que totalizam nove o número de casos confirmados de gripes das aves no país.A mulher e o rapaz viviam na mesma casa, mas a fonte ministerial escusou-se a confirmar se o vírus H5N1 teria sofrido uma mutação e sido transmitido entre os dois."Não podemos confirmar isso. Os dois adoeceram devido à existência de galinhas mortas na casa em que viviam. Mas estamos anda a investigar os dois casos", salientou, acrescentando que o sobrinho está estável e "em boas condições".As autoridades indonésias aguardam agora pelos resultados dos testes adicionais, a fim de melhor avaliarem como se processou a contaminação.Entretanto, os testes realizados em duas crianças, igualmente internadas num hospital com sintomas semelhantes aos da gripe das aves, não comprovaram a existência do vírus, enquanto um outro caso, desta feita a uma enfermeira, aguarda ainda pelo resultados dos exames.O vírus H5N1 já infectou pelo menos 123 pessoas na Ásia e matou 63, apresentando uma taxa de mortalidade superior a 50 por cento.A maior parte dos casos são explicados pelo contacto directo ou indirecto com galinhas infectadas, mas os cientistas receiam que o vírus possa sofrer uma mutação e passar a ser transmissível entre seres humanos.A Indonésia registou a primeira morte provocada pela gripe das aves em Julho passado (Lusa)

SURTOS DEVASTADORES


Três pandemias assolaram o mundo no século XX: a gripe espanhola (1918), a asiática (1957) e a de Hong Kong (1968). A mais trágica foi a primeira, que tirou a vida de 40 milhões de pessoas. De acordo com o livro A história da gripe, do médico João Toniolo Neto, os primeiros surtos foram identificados nos EUA. “A doença foi causada pelo vírus Influenza na variação H1N1”, diz. A epidemia ganhou esse nome por ser a Espanha um dos últimos países a ser atingidos pelo mal. A segunda pandemia, a asiática, foi provocada pela cepa H2N2. Fez mais de um milhão de vítimas fatais. Anos depois um novo surto agitou o continente. Hong Kong foi atingida com maior gravidade. O subtipo H3N2 matou outro milhão de pessoas. Estudar essas cepas prepara os especialistas para novas epidemias. Duas pesquisas americanas publicadas na semana passada nas revistas Nature e Science apontam semelhanças entre os vírus da gripe espanhola e o da aviária. Elas foram identificadas depois que cientistas recriaram o vírus da pandemia de 1918. A análise revelou a seqüência genética do H1N1. As semelhanças estão nos genes que controlam a replicação. A descoberta ajuda a encontrar meios de enfrentar o próximo inimigo.

Confirmado o 4º foco de gripe aviária

O governo chinês confirmou nesta sexta-feira o registro do quarto foco de gripe aviária no país em três semanas. Segundo um relatório do Ministério da Agricultura divulgado no site da Organização Mundial da Saúde Animal, 9.000 galinhas morreram na província de Liaoning, vítimas do vírus H5N1.Os outros três focos já confirmados foram detectados nas províncias de Hunan, Mongólia Interior e Anhui. Até agora, não há registro de contaminação em pessoas. Em Liaoning, as autoridades chinesas acreditam que as galinhas tenham contraído o vírus de aves migratórias. Desde que o primeiro foco foi detectado na China, o governo vem promovendo vacinações em massa em fazendas de todo o país. No entanto, a grande população de aves local e a extensão do território chinês tornam o combate ao H5N1 muito difícil. Além da China, já foram encontrados focos na Tailândia, Rússia, Croácia, Turquia e Romênia. No Brasil, a morte de um galo em Marília, no interior de São Paulo, está sendo investigada.

A gripe que assusta o mundo

Lena Castellón e Mônica Tarantino

Mais um medo ronda o planeta. Aos terremotos, desastres climáticos e ameaças terroristas se junta a gripe aviária, doença causada por um vírus que vem se alastrando pela Ásia e recentemente pela Europa. Na semana passada, o problema foi detectado em mais dois países, Grécia e Rússia. Como se isso não fosse suficiente para atemorizar governos e populações, também foi anunciada a 61ª vítima fatal entre os 118 casos de contaminação humana registrados desde que os surtos começaram a se propagar, em dezembro passado. No corpo de um fazendeiro tailandês de 48 anos, morto na quarta-feira 19, foi encontrado o vírus responsável pelo alerta: o Influenza do subtipo H5N1. Dar o nome completo do inimigo é necessário. Existem várias linhagens de Influenza habitando os organismos das aves e elas eventualmente resultam em epidemias graves. Porém o H5N1, responsável pelo extermínio de milhares de frangos, patos e perus, está causando mais estragos do que se poderia imaginar quando foi identificado em 1997, na China. Ele parecia estar sob controle até que ressurgiu com força em 2003 na Coréia, depois na Tailândia, no Vietnã e assim vem desenhando uma trilha de destruição. Hoje, autoridades sanitárias do mundo receiam que o H5N1 se combine com outros tipos de Influenza presentes no organismo humano. Ou seja, se um portador do vírus da gripe for contaminado pela ave doente, cria-se assim uma situação propícia para mutações. Caso surja essa nova cepa, teme-se que ela seja tão agressiva que possa atingir cerca de um terço do planeta e matar milhões de pessoas, nos moldes da famosa gripe espanhola. Não é uma suspeita infundada. De tempos em tempos, acontecem epidemias de Influenza. Ou melhor, pandemias – o termo correto quando se trata de um mal de proporções mundiais. Especialistas avisam há anos que uma supergripe está para eclodir e muitos acreditam que ela virá a partir de um vírus aviário. “As chances de ocorrência de pandemia com o H5N1 são muito grandes”, afirmou a ISTOÉ Nancy Cox, do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Mas há controvérsias. “Agora é o período de gripes no Hemisfério Norte. Mas eu não creio que a pandemia acontecerá nesta temporada porque a recombinação dos vírus demora um certo tempo e não existe certeza de que ocorrerá”, pondera Luiz Jacintho da Silva, infectologista da Universidade de Campinas (SP). Para o decano professor americano Edwin Kilbourne, um dos maiores entendidos no tema, há um medo exagerado no ar. Segundo ele, quando os vírus se tornam mais transmissíveis, freqüentemente se tornam menos letais. Independentemente das divergências entre especialistas, só não resta dúvida de que a supergripe virá um dia.
Ante esse risco, portanto, não se pode ficar de braços cruzados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez este ano uma série de recomendações às nações. Cabe aos governos adotar medidas que evitem que o perigo atual vire uma hecatombe mais para a frente. Na semana passada, o Brasil anunciou parte do plano que está montando para enfrentar a pandemia. O Instituto Butantan, de São Paulo, receberá amostras do H5N1 em novembro e fabricará uma vacina a partir delas. Por ora, ela não tem aplicação direta, pois no País não há gente – nem criação de aves – contaminada pela gripe do frango. O trabalho é para testar o domínio da tecnologia e reduzir o tempo de produção da vacina, um cuidado fundamental se for necessário fazer uma vacinação em massa. “O Brasil está se antecipando. Estamos nos mobilizando da compra de estoques de remédios ao cálculo de custos hospitalares adicionais. Desde que assumi até já sonhei com essa gripe aviária”, diz o sanitarista José Saraiva Felipe, empossado ministro da Saúde em julho.
Remédio – O Ministério também adquiriu do laboratório Roche, por R$ 139 milhões, um lote de nove milhões de kits de tratamento do antiviral Tamiflu, que está sendo comprado aos montes por diversos governos. Em alguns países, a empresa aceitou ceder a outras companhias o direito de fabricar o produto. Esse remédio e também o Relenza (da Glaxo Wellcome), que não chegou por aqui, inibem a ação de uma enzima na superfície do Influenza, impedindo que ele se multiplique e avance sobre outras células. Nem por isso deve-se abusar dessas substâncias e tampouco fazer estoques pessoais. Segundo o infectologista Luiz Barata, infectologista do Hospital Emílio Ribas (SP), há outras razões que desaconselham a armazenagem caseira: o preço do produto (em média R$ 139 nas farmácias), a falta de estudos que provem que ele atua bem contra a gripe aviária e a possibilidade de ser mal usado. “O corpo cria resistência a antivirais. Quem estiver doente, deve procurar o especialista”, orienta Nancy Bellei, pesquisadora de vírus respiratórios da Universidade Federal de São Paulo. O que mais pode fazer o cidadão comum? Manter-se informado. Acostumado a conviver com gripes, o estudante paulista Ricardo Brednarek, 20 anos, usa a internet para se informar. “Esse vírus que tem matado as aves me preocupa mesmo. Eu sou um alvo fácil”, argumenta. Para o inglês Jack Woodall, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, não há motivo para pânico. “Há muita confusão. Até o momento, não se confirmou a contaminação de um ser humano para outro. Também há enganos sobre a rota das aves migratórias. As da Ásia, por exemplo, não migram para cá”, explica. No mundo, o monitoramento do percurso dos pássaros é fundamental para vigiar a progressão da gripe aviária. Nesse item, há uma notícia alentadora para os brasileiros. Desde 2004, pesquisadores da Universidade de São Paulo vigiam principalmente patos silvestres para verificar se o H5N1 chegou ao País. A resposta é não. Se o problema atingir os EUA, há chance de o subtipo desembarcar aqui. Isso porque milhares de pássaros migram da América do Norte para a porção sul do continente.
Criadores – Na opinião de Érico Pozzer, vice-presidente da União Brasileira de Avicultores, a chegada do vírus não será um problema, pois no País 95% das aves estão confinadas em criadouros. Ao menos nos grandes, as aves ficam em recintos fechados e funcionários vestidos da cabeça aos pés são desinfectados na entrada e na saída. O risco maior está nas propriedades mais simples do interior do Brasil, onde o manejo é direto. Não se deve menosprezar esses lugares. A história mostra que o convívio muito próximo com os animais é um verdadeiro estopim. Na província de Guangdong, no sul da China, onde nasceram muitas epidemias (caso da Sars, a doença respiratória que surgiu em 2003 e matou cerca de 800 indivíduos), as pessoas dormem com as galinhas. Não é força de expressão. A falta de espaço para abrigar as populações – de gente e de frango – faz com que as duas espécies dividam moradias. O mundo está percebendo que a manutenção da pobreza traz dramáticas conseqüências (Isto É)

La OMS pide a todos los países que se preparen ante la llegada de la gripe aviaria en humanos

La OMS pide a todos los países que se preparen ante la llegada de la gripe aviaria en humanos
Ginebra. (EFE).- El director general de la Organización Mundial de la Salud (OMS), Lee Jong-wook, pidió hoy a todos los países estar preparados ante la gripe aviaria en humanos, de la que dijo "seguro que llegará". "No sabemos cuándo, pero sí sabemos que ocurrirá", dijo Lee durante la apertura de la reunión que la OMS celebra en Ginebra desde hoy hasta el miércoles y en la que participan otras instituciones como el Banco Mundial (BM) y la Organización para la Alimentación y la Agricultura (FAO), entre otras. El director de la OMS subrayó que "si bien hasta ahora no ha habido una epidemia entre los humanos, está claro que aparecerá", pues el virus H5N1, ya es responsable de la muerte de más de 150 millones de aves y de 63 personas principalmente en Asia, tiene gran capacidad para mutar. Lee, que consideró que los brotes ya habidos de gripe aviaria o del pollo ya tienen un impacto económico, político y social considerable, también señaló la conveniencia de ver la manera en qué se puede compensar a los miles de avicultores, principalmente asiáticos, que han tenido que sacrificar sus granjas de aves. "Tenemos que decir también otras cosas, como por ejemplo, qué acercamiento vamos a elegir para la producción de antivirales, vacunas y otros medicamentos" para tratar una eventual pandemia de gripe aviar entre los humanos. Desde 2003 y hasta el momento se han producido 121 casos de infección del H5N1 entre humanos, y de ellos han muerto 63 personas, la última una niña en China, cuyas autoridades han solicitado ya la ayuda de la OMS. Se han detectado casos de gripe aviaria entre las poblaciones de aves de más de una decena de países como Camboya, Indonesia, Tailandia, Vietnam, China, Laos, Rusia, Kazajistán, Turquía, Rumanía y Croacia, entre otros. "Tenemos que diseñar un plan que incluya un incremento de la vigilancia de la enfermedad en las aves, así como una mayor producción de antivirales y que mejore al máximo la capacidad de comunicación", indicó durante su intervención el coordinador de la ONU para la gripe aviar y humana, el doctor David Nabarro (La Vanguardia)

sexta-feira, novembro 04, 2005

Gripe das aves: identificadas 19 zonas de risco

A Direcção-Geral de Veterinária anunciou hoje que os mercados de aves podem realizar-se desde que cumpram requisitos de segurança e sejam longe de 19 áreas identificadas como de risco devido à grande densidade de aves migratórias.
Esta decisão surge na sequência do aparecimento na Europa de vários casos em animais do vírus H5N1 da gripe das aves, que até ao início de Novembro infectou 122 pessoas no continente asiático, das quais 62 morreram.Em comunicado divulgado hoje, a Direcção-Geral de Veterinária (DGV) adianta que pretende "esclarecer as condições gerais em que serão concedidas autorizações" para a realização de mercados de aves, mesmo ao ar livre, e quais os locais onde estes não se podem realizar.O Instituto de Conservação da Natureza (ICN) identificou 19 áreas em Portugal Continental que são consideradas de risco devido à grande densidade de aves migratórias, ainda que as suas rotas de migração sejam atlânticas e não provenientes do continente asiático.Os mercados de aves que se situem na "circunscrição geográfica" destas áreas não estão autorizados, afirma a DGV.As áreas definidas pelo ICN incluem toda a zona da barragem do Alqueva, a Ria de Aveiro e a Praia de Mira e a zona da Golegã, entre Vila Nova e Chamusca.São também consideradas áreas de risco a zona de Montemor-o-Velho, entre a Figueira da Foz e Coimbra, na albufeira do rio Mondego, a área entre Nazaré, Peniche e as Caldas da Rainha e a zona compreendida entre Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.Também as zonas da barragem de Odivelas, no Alvito, e da barragem do Roxo (Beja) estão classificadas como áreas de risco, o mesmo acontecendo à zona da Lagoa de Santo André.O estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal e as zonas em torno de Montijo, Alcochete e Coruche são igualmente consideradas áreas de risco devido à grande densidade de aves migratórias.O número de áreas de risco definidas pelo ICN é superior às 18 classificadas como tal pelo governo espanhol, e nas quais foi proibida a criação de aves ao ar livre, num raio de dez quilómetros.Quanto aos mercados de venda de aves que podem ser autorizados, têm de cumprir um conjunto de condições, sujeitas a avaliação do médico veterinário municipal.Entre estas condições está a limpeza dos locais de venda de vestígios de aves e a manutenção dos animais em jaulas ou caixas que não podem tocar no solo.Têm ainda de ser garantido que não há venda simultânea de galinhas, patos, gansos ou cisnes, aves exóticas e pombos ou rolas.Os comerciantes e vendedores têm de ser previamente registados pelas Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia dos locais em que se realizam os mercados e os serviços municipais têm assegurar no local as condições da venda e de limpeza após o mercado.

Portugal tem 19 zonas de risco para a gripe aviária

ângela marques
Portugal tem 19 zonas de risco para a propagação da gripe das aves. As áreas, definidas ontem pelo Instituto de Conservação da Natureza (ICN), são perigosas devido à grande densidade de aves migratórias. Por isso, os mercados de aves estão proibidos na sua circunscrição geográfica, anunciou a Direcção-Geral de Veterinária (DGV). A venda de aves pode, no entanto, realizar-se longe destas zonas desde que cumpra requisitos de segurança estabelecidos pela DGV. As áreas definidas pelo ICN incluem a zona da barragem de Alqueva, a ria de Aveiro e a praia de Mira e a zona da Golegã, entre Vila Nova e Chamusca. São também consideradas de risco a área de Montemor-o-Velho, entre a Figueira da Foz e Coimbra, na albufeira do rio Mondego, a área entre a Nazaré, Peniche e as Caldas da Rainha e a zona entre Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Também as zonas de barragem de Odivelas, no Alvito, e da barragem do Roxo, em Beja, foram definidas como áreas de risco. A área da lagoa de Santo André, o estuário do Sado, entre Alcácer do Sal e Setúbal e as zonas em torno de Montijo, Alcochete e Coruche são igualmente consideradas áreas de risco devido à grande densidade de aves migratórias - ainda que as suas rotas sejam atlânticas e não provenientes do Sudeste asiático.Em comunicado, a DGV afirma que pretende "esclarecer as condições em que serão concedidas autorizações" para a realização de mercados de aves, mesmo ao ar livre, e quais os locais onde não podem ser realizados. Contactado pelo DN, o director-geral de Veterinária, Agrela Pinheiro, explicou que "a proibição - que nunca foi total - da venda de aves provocou confusão e o que se pretende é clarificar as regras de autorização para vendas de aves em mercados rurais". Entre estas está a limpeza dos locais de venda e a manutenção dos animais em jaulas ou caixas que não toquem o solo. Não poderá haver venda simultânea de galinhas, patos, gansos ou cisnes, aves exóticas e pombos ou rolas. Os comerciantes têm de ser registados pelas câmaras ou juntas de freguesia dos locais onde se realizam os mercados e os serviços municipais têm de assegurar as condições de limpeza após o mercado.segurança máxima. O Hospital Curry Cabral, em Lisboa, vai criar um laboratório com um nível de segurança correspondente ao segundo grau máximo para diagnosticar precocemente casos da infecção da gripe das aves em humanos. O laboratório, que será criado no espaço de um ano, funcionará em articulação com a actividade clínica e deverá realizar testes rápidos de diagnóstico. Terá compartimentos isolados e pressão negativa, para permitir a manipulação do H5N1 sem riscos para os técnicos nem possibilidade de ocorrer contaminação para o exterior.mundo. Três crianças foram ontem hospitalizadas com sintomas de infecção pelo H5N1 na Indonésia. Entretanto, o grupo farmacêutico Roche reiterou junto da Comissão Europeia o compromisso de aumentar a capacidade de produção de antivirais para enfrentar uma eventual pandemia. Em Nova Iorque, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, exortou os chefes de Estado do plano a pôr em prática planos de acção imediatos contra uma pandemia (Dn de Lisboa)

Duvidas

Quanto tempo resiste uma ave infectada pelo vírus H5N1?
As aves silvestres levam cerca de 30 dias a eliminar o vírus H5N1 pelas fezes. Segundo os especialistas, as aves que não morrerem depois desse período pela infecção podem desenvolver imunidade contra a doença. O que é certo é que as aves não permanecem portadoras do vírus por toda a vida. Entre os humanos, a taxa de mortalidade por infecção pelo vírus da gripe das aves é de 50%.Em caso algum se deve tocar numa ave morta, especialmente em patos, cegonhas e gaivotas. As autoridades sanitárias - nomeadamente a Direcção-Geral de Veterinária - devem ser contactadas de imediato para que procedam à recolha e posterior análise do animal.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Vírus H5 no Canadá

As autoridades canadianas informaram que foi detectado o vírus H5 da gripe aviária em vários pássaros. Só não se sabe ainda se possuem a variante N1. Segundo um médico da agência canadiana de inspecção alimentar, as autoridades do país estão a tentar identificar a variante N do vírus, mas «não há razões para pensar que seja da mesma classe do N1 detectado em aves na Ásia e na Europa». O vírus H5N1 é considerado perigoso, com grande potencial para mutações, havendo o risco de passar a ser transmissível de pessoa para pessoa, o que não aconteceu até agora. Por enquanto, o vírus tem sido transmitido só entre aves e de aves para pessoas.

Tailândia confirma 20.º doente infectado

A Tailândia confirmou hoje o vigésimo caso humano de gripe das aves. «O hospital Siriraj [de Banguecoque] confirmou esta noite que uma mulher de 50 anos é portadora do vírus H5N1», declarou o director-geral do Departamento de Controlo das Doenças, da Tailândia, Thawat Suntrajarn. «A mulher foi infectada quando limpava a capoeira onde vivem as suas galinhas. Está bem e encontra-se em tratamento no hospital», disse Thawat. A doente pertence ao distrito de Bang Bua Thong, da província de Nonthaburi, a noroeste de Banguecoque, onde foi detectado um foco de gripe aviária, indicou o mesmo responsável sanitário. As autoridades tailandesas estão em alerta desde 20 de Outubro, data do anúncio da morte do dono de uma quinta com gripe das aves, elevando para 13 o número de mortos no país desde 2003. Na cidade australiana de Brisbane, peritos dos 21 países membros do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) analisam a partir de hoje medidas para evitar que, se ocorrer uma mutação do vírus da gripe das aves, haja uma epidemia que alastre a toda a região da Ásia. O fórum favorecerá «uma comunicação efectiva em situação de emergência para conter a epidemia e minimizar a potencial perturbação e os custos económicos», disse o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer. O governante garantiu ainda que os países da APEC estão preparados para enfrentar uma eventual pandemia. «O que fizemos na Austrália nos últimos anos fizeram-no também os restantes países da região», admitindo que «alguns [países] têm mais capacidades que outros, porque são economias desenvolvidas».

Possíveis focos na Tailândia e no Japão

As autoridades sanitárias da Tailândia anunciaram hoje a existência de um possível novo foco de gripe das aves no Nordeste do país. A mesma suspeita surgiu também num aviário a norte de Tóquio, no Japão, onde 82 mil aves vão ser abatidas. O Centro de Controlo da Gripe das Aves confirmou em Banguecoque a presença do vírus da doença na semana passada num aviário do distrito de Kalasin, o que aconteceu pela primeira vez em mais de um ano. «Assim que descobrimos a morte suspeita de uma ave procedemos ao abate de todas as aves e enviámos tecidos para análises laboratoriais», garantiu um responsável do centro. A mesma fonte admitiu a existência de um possível novo foco na mesma província, aguardando os resultados das análises. No total, a Tailândia anunciou a existência de 16 possíveis focos da gripe das aves em cinco das suas 76 províncias. No Japão, as autoridades de saúde de Ibaraki, a norte de Tóquio, também anunciaram a existência de um possível foco da doença. Segundo fontes nipónicas, várias aves estiveram, em dado momento, infectadas com um dos tipos de vírus da gripe das aves, o qual ainda não foi, contudo, identificado

Especiaria chinesa presente no Tamiflu sobe 64 por cento

O preço do anis-estrelado, a erva chinesa com a qual se produz o medicamento antiviral de marca Tamiflu, que é o mais eficaz contra a gripe das aves, subiu 64 por cento no mercado chinês desde o final de Outubro.
O anis-estrelado - uma especiaria cultivada na China e no Vietname - é o principal componente do Tamiflu, o medicamento antiviral dos laboratórios Roche considerado o mais eficaz contra a estirpe perigosa da gripe das aves, a H5N1."O preço do quilo de anis-estrelado subiu de cinco renminbi (0,51 euros) para 8,2 renminbi desde 25 de Outubro", referiu Cheng Jimin, vendedor grossista da província de Guangxi, no sudoeste do país, ao jornal oficial de língua inglesa "China Daily". O renminbi é a moeda oficial chinesa, que também surge com a designação yuan.Cheng, que tem em "stock" 60 toneladas da especiaria, espera que o preço suba ainda mais, "até porque o grande comprador ainda não chegou", disse, numa referência à Roche. A Roche, que detém os direitos da produção do Tamiflu, compra cerca de 90 por cento da produção chinesa de anis-estrelado.As grandes áreas de cultivo do anis-estrelado na China são as províncias de Guangxi, Guangdong, Yunan e Fujian, no sul do país.No final de Outubro, a Roche decidiu emitir licenças secundárias para que o Tamiflu possa ser produzido por outros fabricantes de medicamentos.As autoridades de saúde de diversos países estão na corrida para reforçar os "stocks" de Tamiflu no caso de uma epidemia, temendo a mutação do vírus que, combinada com a gripe comum, permitiria o contágio entre seres humanos.Entre Janeiro e Setembro de 2005, a Roche facturou 859 milhões de francos suíços (554 milhões de euros) com a comercialização do Tamiflu, mais do triplo das vendas registadas no mesmo período de 2004.As vendas do medicamento aumentaram 223 por cento no Japão, 297 por cento nos Estados Unidos e 279 por cento na Europa e no resto do mundo.O anis-estrelado, a que se atribui efeitos anti-inflamatórios, calmantes, digestivos e diuréticos, nasce numa árvore da mesma família da magnólia.

A doença em 7 perguntas

O que é?
Uma forma de gripe que ataca os pássaros, em especial as aves domésticas. O vírus que a provoca é o H5N1.
Quais os países afectados?
Vietname, Tailândia, Camboja, Coreia do Sul, Taiwan, Japão, Indonésia, Laos e Paquistão. Na Tailândia e no Vietname chegou às pessoas também.
Uma pessoa com gripe das aves pode contagiar outra?
Não, o contágio apenas se processa da ave para o homem ou outros animais.
Como se transmite ao homem?
A transmissão faz-se essencialmente pelas vias respiratórias e através dos dejectos.
Quais são os sintomas no homem?
No início, pode confundir-se com a gripe habitual: febre, tosse, dores de garganta e dos músculos. Às vezes, evolui para infecções nos olhos, pneumonia e dificuldades respiratórias.
Existe tratamento?
Há indicação de que os medicamentos contra a gripe podem ser eficazes.
Como evitar o contágio? Nas regiões afectadas pela doença, evitar as explorações e os mercados de animais vivos

quarta-feira, novembro 02, 2005

7 certezas sobre a gripe das aves

O que é?Doença contagiosa que, normalmente, afecta apenas as aves e, excepcionalmente, os porcos. Algumas vezes ultrapassa a barreira das espécies e infecta humanos. Dissemina--se pelas fezes e provoca a morte em cem por cento das aves infectadas. Qual é o vírus?A doença que afecta as aves é provocada pela variante A do vírus Influenza. Os tipos B e C são os que, geralmente, infectam os humanos. Existem ainda 16 subtipos da variante A, mas os mais perigosos para as aves são o H5 e o H7. O vírus que preocupa o mundo é o H5N1, que já infectou pessoas em contacto directo com aves doentes. Entre os cem casos confirmados, depois de análises em laboratório, registaram-se 60 mortes, na maioria de pessoas que trabalhavam em aviários. Onde já atacou?A epidemia começou no Sudeste Asiático, em 2003, e já atingiu inúmeros países. O vírus é, agora, considerado endémico, em partes da Indonésia, Vietname e Camboja, na China, Tailândia e República Democrática do Laos. Depois dos casos na Rússia, Malásia, Mongólia e Cazaquistão, confirmou-se a sua existência em aves, na Roménia, Turquia e Grécia. As aves migratórias são as culpadas?Sabe-se que as aves selvagens são o reservatório natural dos vírus Influenza A e que o terão transportado consigo, durante anos, sem perigo aparente. Os especialistas estão, agora, convencidos de que as recentes contaminações de aves com o H5N1 em países fora da Ásia foram provocadas por aves migratórias.Quais as implicações para os humanos?Primeiro risco: infecção directa por contacto com aves contaminadas. Segundo risco e o que mais preocupação causa: o vírus sofre mutação que o torna transmissível de pessoa para pessoa. Essa mudança marcaria o início de uma pandemia. A doença gerará uma epidemia humana?Para os especialistas da Organização Mundial de Saúde, é só uma questão de tempo. Cada novo caso humano dá ao vírus mais uma oportunidade para melhorar a sua transmissibilidade entre pessoas.Como se fica infectado?A maioria das infecções ocorreu em contacto directo com as aves. Os animais infectados libertam grandes quantidades do vírus, nas fezes. Não há evidência de que a carne cozinhada de aves ou os ovos possam ser infecciosos.
T.C.Visao

10 medidas para evitar a gripe das aves

1 Mantenha-se saudável, através de uma alimentação equilibrada, exercício físico regular e horas de sono necessárias. O vírus da gripe causa mais estragos em pessoas debilitadas fisicamente. Quanto mais em forma estiver, mais defesas terá o seu corpo.2 Os grupos de risco – idosos, crianças, portadores de doenças crónicas, profissionais de saúde e pessoas que lidem com aves – devem vacinar-se contra o surto normal de gripe. Não há nenhuma vacina contra o vírus que preocupa as autoridades, mas esta, pelo menos, evita que o vírus H5N1 se misture com a estirpe comum dentro de um hospedeiro.3 Os criadores de aves devem mantê-las fechadas, de forma a impedir qualquer tipo de interacção com espécies selvagens. Os comedouros, por exemplo, têm de ficar vedados às aves migratórias.4 Os profissionais de matadouros e criadores de aves devem lavar as mãos sempre que mexem nas aves. E devem ter em atenção que as penas e, principalmente, as fezes dos animais são as principais incubadoras do vírus.5 Aos primeiros indícios de gripe tome inibidores de neuraminidase (dificultam a disseminação do vírus). O oseltamivir e o zanamivir são os medicamentos indicados pela Organização Mundial de Saúde; devem ser tomados 48 horas após os primeiros sintomas.6 Antes de viajar para a Ásia (a única zona com casos de transmissão a humanos), vacine-se contra a gripe e leve medicação; não parta sem passar pela consulta do viajante.7 Nos países de risco, evite contactos com aves (nos mercados, por exemplo) e com pessoas com sintomas gripais. Dê especial atenção à higiene, lavando as mãos com frequência e tendo sempre à mão toalhetes desinfectantes.8 O vírus pode sobreviver no animal morto. No entanto, morre com temperaturas acima dos 70°C, pelo que a ingestão de carne cozinhada não provocará contágio. Não misture carne pronta a comer com carne crua nem use em ambas a mesma faca.9 Os ovos, que por vezes são comidos crus e podem transportar o vírus na sua superfície, devem ser alvo de especial atenção – evite pratos que os usem crus ou mal cozidos10 Informe-se sobre a evolução do vírus e esteja atento às recomendações das autoridades. Use a linha telefónica de saúde pública – 808 211 311 – para se aconselhar e tirar dúvidas sobre o assunto

Luís RibeiroVisao

Gripe das aves com linha de atendimento

O Governo criou um Centro Nacional de Emergência da Gripe Aviária que, através de uma linha telefónica gratuita, vai prestar esclarecimentos ao público em geral sobre a doença
VISAOONLINE 2 Nov. 2005A criação do Centro Nacional de Emergência da Gripe Aviária foi anunciada esta quarta-feira pelo Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, que adianta que através do número verde 800 207 275 qualquer pessoa com dúvidas sobre a gripe das aves poderá obter informações.O centro presta esclarecimentos de segunda-feira a domingo entre as 8h00 e as 20h00.Paralelamente foi criado um site na Internet - http://www.gripedasaves.pt/ - que contem todas as informações e esclarecimentos divulgados pelo Ministério da Agricultura, pela Direcção-Geral de Veterinária e pela Comissão de Acompanhamento da Gripe das Aves. (Visao)

Cisne abatido na Croácia era portador do vírus H5N1

O cisne com uma anilha da Hungria que foi abatido há oito dias na Croácia era portador do vírus H5N1, anunciou hoje o Ministério da Agricultura croata. Um laboratório local efectuou testes em amostras retiradas à ave, que acabaram por "provar, sem qualquer dúvida, que a ave era portadora do vírus altamente patogénico H5N1", informa o ministério em comunicado.As autoridades veterinárias húngaras foram já informadas dos resultados.O cisne foi abatido a 25 de Outubro em Zdenci, na região este da Croácia, onde um primeiro foco da gripe das aves foi identificado no dia 21 de Outubro. Nas 48 horas que se seguiram, as autoridades mataram todas as galinhas num raio de três quilómetros para evitar a propagação do vírus.Alguns dias mais tarde foi identificado um segundo foco em Nasice, a 15 quilómetros de Zdenci, e foram adoptadas as mesmas medidas. No total foram abatidos 40 mil animais.Testes realizados num laboratório britânico confirmaram que os cisnes encontrados mortos nos dois focos eram portadores do vírus H5N1